A data, comemorada em 21 de setembro, visa reforçar a necessidade do diagnóstico e do tratamento precoce para o bem-estar e melhor qualidade de vida do paciente.

A doença de Alzheimer (DA) é um transtorno neurodegenerativo progressivo que não tem cura e se caracteriza pela deterioração cognitiva e da memória, afetando principalmente os idosos acima de 65 anos. Nesta segunda-feira, 21 de setembro, é o Dia Mundial de Conscientização sobre o Alzheimer, data importante para alertar a população para atenção aos sintomas visando um diagnóstico precoce, tratamento adequado, além de apoio e suporte para o paciente e seus familiares conviverem com a doença. “Um dos primeiros sintomas, que inclusive é bem perceptível, é a perda da memória recente. Com a progressão da doença, pode atingir também a memória mais antiga, provocar irritabilidade, perda da capacidade de realizar atividades cotidianas, depressão, ansiedade, falha na linguagem, alucinações, dentre outros”, destaca o clínico geral do Sistema Hapvida, Maurício Cavalcante.

A doença tem início quando proteínas beta-amilóide se acumulam no cérebro. “Quando isso acontece, pode surgir acúmulo de fragmentos proteicos, iniciando o processo degenerativo. Como consequência, pode acontecer a perda progressiva de neurônios em certas regiões do cérebro, afetando a memória, a linguagem e o raciocínio, por exemplo. O que causa o Alzheimer ainda é estudado por especialistas, mas um dos fatores importantes é o histórico familiar do paciente”, pontua.

De acordo com dados de 2015 e 2019 da Associação Internacional de Alzheimer (ADI), existem pouco mais de 50 milhões de pessoas com demência no mundo. A expectativa é que esse número dobre a cada 20 anos, chegando a 74,7 milhões em 2030. Ainda com base em informações da ADI, estima-se que a cada 3,2 segundos um novo caso de demência é detectado no mundo e a doença de Alzheimer é a causa mais frequente de demência. “Esses números são alarmantes. Precisamos conversar abertamente sobre a demência e outros fatores que envolvem o Alzheimer. O preconceito sobre o assunto acaba dificultando o acesso a tratamentos e apoio”, ressalta.

Os sintomas do Alzheimer podem ser leves, moderados ou graves. Também há pacientes que registram períodos de estabilidade. “Com o avanço da medicina, hoje temos medicamentos e exames que permitem analisar melhor a condição do paciente e indicar um tratamento que possa estabilizar, retardar o desenvolvimento da doença ou ao menos auxiliar em uma boa qualidade de vida”, reforça o clínico geral. 

É indicado que haja o acompanhamento de uma equipe multidisciplinar para que o paciente tenha bem-estar e apoio para conviver com a doença. Neurologistas, geriatras, psiquiatras e clínicos gerais, além da atuação importante dos psicólogos, nutricionistas, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos, fisioterapeutas, e outros. “Os cuidados devem ser em tempo integral”, finaliza.

Hábitos saudáveis são importantes para prevenir o desenvolvimento do Alzheimer. Maurício Cavalcante listou algumas dicas:

-Estimule o cérebro: leia livros, aprenda um novo idioma, um instrumento musical ou jogos de raciocínio lógico, por exemplo.

-Pratique atividade física: tire no mínimo 30 minutos por dia para praticar algum exercício. Opte por subir de escadas ao invés do elevador, e se possível, troque uma viagem curta de carro ao supermercado por mais alguns minutos caminhando. 

-Busque uma alimentação mais equilibrada e saudável, evitando diabetes e hipertensão, por exemplo. De acordo com o Ministério da Saúde, esses dois problemas de saúde são comuns em idosos e podem aumentar o risco de Alzheimer e de outros tipos de demência.

-Tome banho de sol ou suplemente com Vitamina D na dosagem recomendada pelo médico.

-Não fume e não abuse de bebidas alcoólicas.

“Mudar alguns hábitos são importantes para ter uma vida saudável, ter qualidade de vida e prevenir doenças ou complicações à saúde. Que tal começar de agora?”, finaliza o clínico geral do Sistema Hapvida, Maurício Cavalcante.