A dermatologista Marina Coutinho ressalta a importância do uso regular de protetor solar para prevenir a doença que apresenta 185 mil novos casos anualmente no Brasil
O câncer de pele é o tipo de câncer mais frequente no Brasil, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA). Por causa disso, a campanha Dezembro Laranja, organizada pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), busca a conscientização sobre os riscos do câncer de pele, orientando sobre hábitos saudáveis de proteção solar, prevenção e a importância das visitas regulares ao dermatologista para diagnóstico precoce. No Brasil, o câncer de pele corresponde a 33% de todos os diagnósticos de câncer, e, a cada ano, 185 mil novos casos são registrados pelo INCA. A exposição excessiva ao sol está entre as principais causas para o desenvolvimento do câncer de pele.
“O câncer cutâneo acontece devido a um crescimento anormal das células que compõem a pele. O tipo de tumor é definido de acordo com a camada que for atingida. Os mais comuns são os carcinomas basocelulares e os espinocelulares, responsáveis por 177 mil novos casos por ano. O melanoma, apesar de ser mais raro, é o tipo mais letal e agressivo de câncer de pele, sendo responsável por 8,4% dos casos anualmente e por uma maior taxa de mortalidade. Embora o diagnóstico de câncer de pele, normalmente, traga apreensão aos pacientes, a chance de cura é alta quando há detecção precoce da doença”, explica a dermatologista Marina Coutinho.
Os sinais de câncer de pele podem se assemelhar com pintas, eczemas e outras lesões benignas. Por isso, é importante ficar atento ao surgimento de lesões novas ou antigas que começam a mudar de tamanho, coçar, sangrar, não cicatrizam com facilidade ou ainda algum sinal antigo que mude de cor ou esteja crescendo. O tratamento para câncer de pele varia de acordo com a gravidade da doença e pode ser feito por modalidades cirúrgicas, radioterapia, quimioterapia, imunoterapia e medicações orais e tópicas.
“É importante buscar um dermatologista assim que perceber qualquer sinal para que, confirmado o diagnóstico, se inicie o tratamento precocemente, quando há mais chances de cura. Evitar exposição excessiva ao sol e proteger a pele da radiação UV através do uso de camisa com proteção UV, filtro solar, chapéu e óculos de sol, são as formas mais eficazes de prevenir os tumores na pele. É necessário utilizar filtro solar todos os dias, incluindo dias nublados, e não somente em momentos de lazer e lembrar de repor o protetor solar. Seu uso também é recomendado em ambientes fechados, já que os raios UV atingem esses locais, ainda que em menor quantidade. Além disso, recomenda-se consultar um dermatologista uma vez ao ano, no mínimo, pois, às vezes, o paciente tem uma lesão que não percebe, mas na visita ao dermatologista a lesão é identificada”, alerta a dermatologista Marina Coutinho.
Marina Coutinho é médica dermatologista com título de especialista em Dermatologia pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). Foi preceptora da residência de Dermatologia do Imip por 11 anos. É referência na dermatologia clínica, cosmiátrica e lasers.
Instagram: @ dermatomarinacoutinho