Ferimentos que não cicatrizam e manchas escuras que aumentam de tamanho devem ser um alerta para o câncer de pele

A pele é o maior órgão do corpo humano e o câncer de pele é considerado o mais comum no país, representando 33% dos casos no Brasil, é o tipo da doença que tem mais incidente no Brasil, com cerca de 180 mil novos casos ao ano. Quando descoberto no início, tem mais de 90% de chances de cura, segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). Para a dermatologista Renata Furtado, SBD, evitar a exposição excessiva ao sol e proteger a pele dos efeitos da radiação UV são as melhores estratégias para prevenir a doença.

“A fotoexposição, acumulada ao longo dos anos, pode gerar lesões e até mesmo modificar aquelas que já existiam previamente na pele”, explica a médica, fazendo o alerta importância de sempre usar o protetor solar e evitar a exposição direta aos raios solares entre 10h e 16h.

Segundo Renata Furtado, os grupos de maior risco são as pessoas de pele clara, com sardas, cabelos claros ou ruivos e olhos claros. Além destes, os que possuem antecedentes familiares com histórico de câncer de pele, queimaduras solares, incapacidade para se bronzear também devem ter atenção e cuidados redobrados. “Qualquer ferida que não cicatriza, que sangra ou manchas escuras que aumentam de tamanho deve ser um alerta”, diz a dermatologista.

TIPOS DE CÂNCER

O melanoma é o tipo de câncer de pele mais agressivo e com o maior índice de mortalidade, ainda que não seja o mais frequente entre os cânceres de pele. Segundo a dermatologista, o melanoma possui um forte componente genético, mas a exposição solar excessiva sem cuidados impacta no aparecimento da doença.

Apesar de menos grave, o tipo de câncer de pele mais comum é o carcinoma basocelular – 95% dos casos. O basocelular geralmente surge como uma mancha rosa na pele que cresce lentamente, como mostra a imagem, sendo mais comum em pessoas de pele clara, depois dos 40 anos. Já o carcinoma espinocelular, o segundo tipo mais comum do câncer de pele, surge mais comumente em homens, embora também possa se desenvolver em mulheres de qualquer idade.

CUIDADOS

De acordo com Renata, quanto o diagnóstico da doença é feito precocemente as chances de cura são de mais de 90%. “As pessoas que fazem parte dos grupos de risco devem estar em alerta e realizar com frequência o autoexame”, diz a especialista, afirmando que a periódica ao dermatologista também é fundamental.