Diante da quarentena muitas pessoas estão tendo a oportunidade de ter mais contato com as outras, principalmente pais e filhos. Para quem busca fugir do tédio de ter que ficar dentro de casa, uma brincadeira vem se tornando comum entre os ‘confinados’, o desafio da farinha. A proposta da brincadeira é reunir três pessoas próximas, seja amigos ou familiares, em que um fica no comando e outras duas pessoas são submetidas a ter o rosto sujo de farinha de trigo, a partir de uma pergunta que é feita.
Segundo a dermatologista Luana Tenório, esta é uma brincadeira com muitos riscos, porque quando a pessoa está com a farinha no rosto e fala, há o risco de inalar o produto e aspirar a substância, podendo gerar inclusive uma pneumonia química. “O risco existe tanto para crianças, quanto para adultos, que podem ser portadores de alergias, asma, rinite e tem uma chance maior de ter inflamação nas vias aéreas por conta da farinha”, detalhou.
Ainda segundo Luana, o trigo em contato com o olho causa uma reação de corpo estranho, que pode causar desde uma leve irritação, até problemas mais graves como lesão na córnea.
A relação pele e farinha tem alguns benefícios, então porque não usá-la de maneira saudável?
O trigo é rico em vitamina E, um poderoso antioxidante, que auxilia no combate aos radicais livres e ao envelhecimento precoce e ajuda na hidratação da pele. Você pode investir na versão em óleo do gérmen de trigo, que é encontrada em lojas de produtos naturais, para área de pele seca e rachada ou então usar o próprio trigo em máscaras faciais caseiras, pois ele é conhecido desde a antiguidade como clareador natural: basta misturar 1 colher de sopa de trigo com 2 colheres de leite e deixar agir no rosto por 20 minutos. Depois só enxaguar a pele. É importante lembrar que as pessoas que tem intolerância ao glúten não podem usar.
Sobre a dermatologista:
Luana Tenório é médica pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), dermatologista pela Santa Casa de Misericórdia do Recife, preceptora de Cirurgia Dermatológica da Santa Casa de Misericórdia do Recife, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica (SBCD).