Estratégia é acelerar o processo de adoção de variedades CTC, aumentando a produtividade e competitividade dos canaviais

Líder global da ciência da cana-de-açúcar, o Centro de Tecnologia Canavieira está investindo no desenvolvimento de variedades de alta produtividade, adaptadas às condições de solo e clima do Nordeste do país, além de produtos Bt (organismos geneticamente modificados) para combate à broca gigante, uma das principais pragas da região.

“O Nordeste é um mercado relevante para cana de açúcar. Nossos clientes têm demandado maior número de variedades, o que é crucial para a mitigação do risco frente as variações climáticas e para a busca contínua da elevação do potencial produtivo. Além da ampliação do número de variedades adaptadas estamos muito atentos em trazer as melhores soluções de manejo para as principais pragas que atacam o canavial”, diz César Barros, CEO do CTC.
Ele acrescenta que a tecnologia BT do CTC se consolida como uma importante ferramenta para controle da broca gigante que hoje é a principal praga dos canaviais da região.
“Como forma de ampliar a nossa presença no mercado anunciamos recentemente a ampliação do nosso programa de melhoramento dedicado a região, saindo de 2 sites para 6 polos de testes o que ampliará o nosso sucesso em encontrar as melhores variedades para os nossos clientes”, diz Barros.

Em termos de portfólio e presença no mercado, é notável a diversificação de variedades e penetração de mercado no cenário agrícola ao longo das safras. Em 13/14, eram utilizadas apenas 8 variedades. Já na safra 23/24, esse número aumentou significativamente para 23 variedades. Além disso, essas variedades estão presentes em clientes que representam mais de 50% da área cultivada com cana no Nordeste – triplicando o acesso ao mercado do portfólio CTC nesse período”,

Para as próximas safras a expectativa são de lançamento de 1 a 2 variedades por ano, acelerando ainda mais esse processo de adoção de variedades desenvolvidas pelo CTC, aumentando o potencial produtivo e a competitividade dos canaviais da região Nordeste.

O CTC investe cerca de R$ 200 milhões anualmente, equivalente a 50% da receita em 3 linhas de pesquisa e desenvolvimento – melhoramento genético, biotecnologia e sementes sintéticas que beneficiarão o Nordeste.

Além disso reforçou os investimentos na região para trazer materiais mais adaptados por meio da nossa estação de hibridação de Camamu, no Sul da Bahia, nosso polo base de Santa Rita na Paraíba, e polo avançado de Cururipe em Alagoas, e quatro novos polos que serão implementados nesta safra.

Broca gigante

Vale destacar que, no portfólio de variedades para o Nordeste, o CTC oferece três variedades Bt, que além do controle da broca da cana-de-açúcar, principal praga no setor canavieiro, permite a supressão da Broca Gigante, praga extremamente relevante nos solos nordestinos.

A broca da cana-de-açúcar é a principal praga da cultura da cana. Os prejuízos causados por essa praga reduzem a competitividade do setor, provocando grandes perdas à produção.

Safra nordestina

Nos últimos 10 anos-safra, a região Nordeste tem apresentado uma média de aproximadamente 800 mil hectares de área colhida e processamento de 50 milhões de toneladas de cana-de-açúcar.

Figura 1: Área colhida (mil ha) e moagem de cana-de-açúcar (mil t) na região Nordeste do Brasil, safra 2013/14 a 2023/24.

Fonte: Conab (2024) (¹) estimativa em abril de 2024.

Dentro desse contexto, os estados de Alagoas e Pernambuco são os principais protagonistas, representando uma parcela significativa da produção regional. Alagoas se destaca com uma média de 36% da área total colhida na região, enquanto Pernambuco apresenta uma média de 27%, ambos totalizando mais de 60% de toda produção de cana do Nordeste.

Sobre o CTC

O CTC – Centro de Tecnologia Canavieira é uma empresa de biotecnologia e inovação. Tem um dos maiores bancos de germoplasma de cana-de-açúcar do mundo, com mais de 4 mil variedades.
Nos laboratórios em Piracicaba (SP) e Saint-Louis (Missouri-EUA), as equipes de cientistas desenvolvem trabalhos de ponta em melhoramento genético e engenharia genética. O portfólio da companhia reúne variedades de cana de alta produtividade e resistentes a pragas.
Criado em 1969, o CTC contribuiu nestes 50 anos de história para o avanço tecnológico do agronegócio nacional e a competitividade do setor sucroenergético, levando o Brasil à liderança mundial do setor, aumentando a produtividade para atendimento da demanda mundial de açúcar, proporcionando visibilidade ao etanol como um dos mais importantes biocombustíveis do mundo e a cogeração de energia através do processamento da palha da cana de açúcar (bioeletricidade).