Entre 2002 e 2017 mais de 170 mil brasileiros obtiveram cidadania europeia. Passaporte italiano é um dos mais procurados.
Muitos brasileiros têm o sonho de ir para o exterior. Os destinos mais almejados são a Europa e os Estados Unidos. Uma grande parcela desses brasileiros escolhe esses locais em busca de oportunidades de estudo, trabalho, conforto e qualidade de vida. De acordo com o Serviço de Estatística da União Europeia (Eurostat), que desde 2002 levanta dados, até 2017 170.187 brasileiros obtiveram passaporte europeu.
Em 2019 o passaporte italiano foi o mais solicitado pelos brasileiros, em comparação com requisições de passaportes de outros países da União Europeia. Ainda conforme esses dados, a maioria dos estrangeiros que solicitaram o passaporte italiano foram mulheres e na faixa etária de menores de 20 anos. Também em 2019, mais de 10 mil brasileiros receberam repostas positivas de suas solicitações de passaporte italiano, representando quase 50% dos passaportes europeus concedidos pela União Europeia aos brasileiros.
Além das vantagens de dupla cidadania, o passaporte italiano é um passo importante para tornar o sonho de viver fora do Brasil realidade. O documento serve de porta de entrada para outros países europeus e para os Estados Unidos. Estima-se que no Brasil aproximadamente 30 milhões de descendentes de italianos têm direito ao passaporte.
Atualmente, para obter o passaporte italiano existem três vias: pela comune na Itália, pelo Consulado no Brasil (formas administrativas) e por meio de uma ação judicial no tribunal de Roma”. Para Renato Lopes, CEO da Lopes & Avv. Domenico Morra, escritório especializado em dupla cidadania, “os processos judiciais são mais seguros contra as fraudes e têm se mostrado mais rápidos para finalizar”. Além disso, “nesse modelo o requerente entra com uma ação na Itália e espera o deferimento ou não do juiz competente”, informa Lopes.
Sendo o requerente brasileiro ou de qualquer outra nacionalidade que tenha ligação com um “dante causa” italiano, não precisa e nunca precisou estar presente em nenhum momento do processo, pois trata-se de uma ação por “representação”, a qual o escritório escolhido para representá-lo assume o processo, que no caso da Lopes & Avv. Domenico Morra é chefiada pelo seu sócio, o advogado italiano Domenico Morra, no departamento na Itália. Este procedimento, tem se mostrado bem mais seguro em se falando de restrições e segurança contra o COVID-19, além da segurança jurídica que se apresenta o processo de um modo geral.