Desde a pandemia, a população brasileira tem enfrentado grandes desafios, como o desemprego. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no terceiro trimestre de 2021 o número de desempregados chegou a 13,5 milhões de brasileiros. Sendo assim, estar preparado acadêmica e psicologicamente nunca foi tão essencial quanto hoje na hora de uma admissão. Especialistas compartilham algumas alternativas para contornar as dificuldades impostas pelo mercado de trabalho.
Para Marcelo Moreira, psicólogo e coordenador do curso de psicologia da Estácio, os aspectos emocionais de qualquer ser humano pode ser afetado em um período de crise e isso pode ter efeitos na hora da busca por um emprego. “Em um momento de incertezas políticas, econômicas, de saúde e segurança, as pessoas acabam se sentindo muito mais pressionadas a conseguirem um emprego imediatamente ou então a se sujeitarem em condições insalubres do sistema”, explica ele. “Entrevistas de emprego e demissões, por exemplo, são situações de grande estresse e cobrança pessoal, então buscar por orientação profissional é importante para que a pessoa possa aprender a lidar com adversidades do mercado.”
Neste cenário, a presença de uma graduação e pós-graduação acabam se tornando diferenciais para uma contratação. Segundo a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Ensino Superior (Capes/MEC), nos últimos oito anos o número de cursos de pós-graduação aumentou em média 9% ao ano.
De acordo com o engenheiro eletricista Lucas Monteiro, de 23 anos, fazer uma graduação ampliou a possibilidade de empregos, com remunerações melhores e cargos de responsabilidade. “Acho que alguns dos fatores fundamentais para minha admissão foi fazer contatos, ter o meu currículo cheio de atividades e ter as habilidades de conversação. Ter uma rede de contatos dentro da sua área é muito importante. Eu me desenvolvi ao lidar com várias pessoas diferentes, principalmente com engenheiros com mais de 10 anos de experiência. Assim pude ficar antenado nos assuntos”, reflete.
O jovem, que se graduou na Faci Wyden, também destaca algumas dicas especiais para alunos que desejem sucesso no mercado de trabalho. “Se ele pretende seguir na vida acadêmica, é importante que procure publicar e apresentar artigos em congressos. Vai ajudar muito pra conseguir um mestrado futuramente. Para quem deseja trabalhar em uma empresa mesmo, é fundamental que vá atrás de estágios onde possa trabalhar muito, aprender muito e criar contatos, porque esses contatos e indicações vão ser fundamentais na hora de conseguir um emprego. Vale ressaltar que não se pode, em hipótese alguma, deixar de estudar e participar dos programas da faculdade, como monitorias e outras atividades extracurriculares, porque todo contratante espera um profissional que dê conta do trabalho”, explica.
Para Auriana Rodrigues, supervisora do setor CASA (Coordenadoria de Apoio e Suporte ao Aluno da Faci Wyden), o aluno deve estar antenado e preparado para as transformações constantes no mercado, mas não apenas com conhecimento específico para a área de atuação. Atualmente, para além do diploma, deve-se conhecer os tipos de currículo e o objetivo de cada um, usar o LinkedIn, fazer marketing pessoal e networking, possuir planejamento de carreira, dentre outros requisitos.
“Não podemos apenas preparar os alunos em termos acadêmicos. Ele precisa ter o paralelo do seu conhecimento junto ao mercado de trabalho na cabeça, de forma assertiva, para conseguir ocupar melhor seu espaço. Orientação focada é um grande diferencial na formação de grandes profissionais e tudo isso começa ainda dentro da faculdade”, destaca.
Para atender demandas psicopedagógicas dos alunos, assim como também o corpo docente e administrativo da instituição, a Estácio possui o Núcleo de Apoio e Atendimento Psicopedagógico – NAAP. O atendimento especializado presta suporte aos alunos com dificuldades de aprendizagem de qualquer natureza, assim como aqueles que possuam alguma outra necessidade educacional especial. Para proporcionar apoio adequado, o Núcleo conta com uma equipe multidisciplinar especializada e com os professores, que trabalham em parceria com a coordenação de cada curso para garantir o acolhimento, o acompanhamento do processo de aprendizagem, a inclusão e o fortalecimento do aluno que enfrenta dificuldades na rotina de estudos.
O NAAP desenvolve o trabalho com o objetivo de promover e sensibilizar a acessibilidade arquitetônica, mas principalmente a atitudinal, pedagógica, comunicacional e digital para estimular o desenvolvimento de uma cultura inclusiva, que quebre preconceitos, estereótipos e discriminações. Entre as principais iniciativas promovidas pelo núcleo estão as orientações sobre as práticas pedagógicas de acordo com as características dos indivíduos e grupos, realização do processo de reforço acadêmico, suporte emocional e orientação educacional, vocacional e ocupacional, tanto na forma individual quanto em grupo, além do desenvolvimento de projetos socioeducativos, a fim de resgatar os valores e o autoconhecimento.
No Pará, por exemplo, a faculdade oferece este suporte aos alunos das unidades da Estácio Pará, Estácio Belém, Estácio Castanhal e Estácio Ananindeua. “O NAAP é um espaço em que é possível acolher e acompanhar os alunos, duas ações necessárias perante as demandas do mundo do trabalho hoje. Promover o desenvolvimento integral dos universitários, é essencial para assegurar processos de aprendizagem eficientes que vão possibilitar o sucesso acadêmico, pessoal e profissional do nosso aluno”, conclui o Prof. César Lessa Coordenador Nacional do NAAP da Estácio.