Com diversos hits na carreira, garantindo inclusive o top 100 da Billboard, o Prêmio Multishow de melhor música, a música mais tocada em shows e rádios e o top 5 em Portugal, o compositor recifense Diego Barão vem ganhando muito destaque no cenário musical. Barão já compôs músicas para grandes artistas brasileiros, como Luan Santana (Morena), Felipe Araújo (Atrasadinha), Mari Fernandez (Intuição), João Gomes (Digo ou não digo e Amando Você, com participação de L7nnon e Tarcísio do Acordeon, respectivamente, no DVD Acredite, recém gravado no Recife), Zé Felipe e Marcinho (Revoada no colchão) e Juliette (Vixe que gostoso). Ainda para esse ano, Diego destaca como novidade a versão ao vivo da música ‘Solteirou’, escrita por ele, no DVD de Luan Santana que será gravado em Portugal.

Para a composição das músicas, Diego explica que é preciso análise do cenário para buscar a inovação e ir em busca do sucesso. “Às vezes a gente recebe um briefing (resumo), mas muitas vezes a gente tem que dar uma olhada no mercado. Dar uma analisada ‘caramba, está faltando isso’. A tendência do mercado é seguir o sucesso. Por exemplo, em 2019, quando Felipe Araújo lançou ‘Atrasadinha’, ninguém estava gravando pagode. Depois, em Goiânia o pessoal andava até de cavaquinho nas costas, para você ter noção de como virou moda. Todo mundo foi para cima e comprou pagode para gravar”, ressalta.

Assim, ele mostra que é conhecendo o público, estando muito atento aos detalhes, que é possível emplacar tantos sucessos. Para Barão, o compositor tem que tentar se aproximar dos ouvintes. “Eu digo: quanto mais a gente conseguir aproximar a linguagem usada no dia a dia, mais a gente vai ser popular, vai entrar dentro da casa, do carro, do coração e da memória das pessoas.”

Mas, engana-se quem pensa que o caminho de compositor surgiu com o primeiro sucesso nacional (Atrasadinha). Diego está inserido no cenário musical desde os 16 anos, quando trabalhou para bandas locais. “Comecei na música cedo, como percussionista. Toquei na noite de Recife com várias bandas e depois montei minha primeira banda e virei compositor. Foi nesse momento que comecei a tomar gosto e viajar. Viajei pelo Brasil para compor, pelas principais cidades, e aí começaram a sair as primeiras músicas nacionais.”

Para o futuro, Diego Barão, sócio de duas bandas e uma casa de show em Recife, pretende ainda abrir uma empresa voltada para artistas, buscando dar oportunidade para novos talentos. “Em breve vou lançar um selo musical, que é funciona como uma gravadora. É como um caça-talentos. Uma estrutura onde eu consiga trazer novos artistas. Vemos quem tem talento e chamamos para o selo. Vamos trabalhar o artista, fazer o processo de composição, a escolha de repertório, uma leitura da persona do artista, o que ele vai fazer, qual é a praia que ele vai nadar. Aí vemos a identidade e o rumo para ele nas redes sociais, fazemos um lançamento, um trabalho de marketing e vamos tentando posicionar o artista no cenário.”