Ambiente queridinho do apartamento exige atenção na escolha dos materiais por conta da exposição ao tempo
De acordo com a pesquisa feita pelo portal Imovelweb, 27,22% das pessoas que procuram por um apartamento priorizam a varanda como item a ser observado na hora da compra. Isso porque é nela que se estabelece o contato com o lado externo da residência suspensa e normalmente recebe sol e ações do tempo de uma maneira geral, como vento e possivelmente um pouco de chuva e sereno. No entanto, na hora de decorar esse ambiente, principalmente por aqueles que não têm um arquiteto para orientar, acabam se esquecendo desses detalhes e cometendo alguns erros.
A arquiteta Larissa Maffra cita alguns materiais que podem estar presentes nas mobílias escolhidas para compor varanda que são duráveis e acima de tudo, conferem ao espaço o charme que lhe cabe. “Para varanda gosto muito da corda náutica, que pode molhar, e também da madeira, que é resistente e mais preparada para sol e chuva. Já o MDF, por exemplo, estraga facilmente com as variações do tempo, portanto não é ideal”, explica ela, que utilizou esses elementos na varanda do decorado do Reserva dos Ipês, o mais recente lançamento da Brasal Incorporações em Goiânia.
No local, existem duas cadeiras feitas de corda náutica, uma mesa toda de madeira, com um banco no mesmo material de um lado e do outro cadeiras com palhinha. “Optei pela madeira por ser um material que aquece e dá aconchego, além de compor com a churrasqueira. De um lado coloquei banco, pois cabe mais pessoas, e do outro as cadeiras com palhinha e madeira mais escura. A corda náutica em azul foi para dar um contraste no ambiente e as plantas atrás delas trazem um pouco de verde”, detalha Larissa.
Para quem prefere os estofados, a arquiteta lembra que existem alguns próprios para área externa, como o acquablock, e dá outras dicas: “Geralmente o revestimento sem brilho é melhor; além de usar elementos naturais, como a palhinha. O porcelanato que remete a madeira e pedra também combinam com as varandas, ou então aqueles que têm cor, para trazer vida e ousar um pouco mais. No decorado do Reserva dos Ipês fiz isso, a madeira é algo mais neutro e combina com o restante da decoração do apartamento. Para realçar, usei um azul forte nas poltronas de corda náutica”, destaca Larissa Maffra.
Item necessário
A arquiteta Juliana Sabbatini explica que as varandas têm se tornado cada vez mais indispensáveis nos novos projetos imobiliários por garantirem a reunião com a família e com os amigos em um ambiente aberto, mesmo que seja em um espaço privativo. Ela foi responsável pelos decorados do Blume Apartments, empreendimento da Tapajós Engenharia e da Town Incorporadora que será construído no Setor Serrinha, e conta que a principal aposta para a varanda do local foi justamente proporcionar uma sensação de conforto para quem visita o espaço.
“A peça chave foi a escolha da mesa retangular, feita de madeira, que pode aconchegar um número maior de pessoas e, ao mesmo tempo, é confortável para servir e fazer uma refeição. De um lado, o banco, e, de outro, as cadeiras, que deixaram o espaço mais leve e com uma possibilidade melhor de circulação”, destaca Sabbatini.
A arquiteta destaca que as madeiras utilizadas em varandas devem ser mais resistentes, sendo indicadas a cumaru e a teca. A cada seis meses, deve-se passar um verniz apropriado para este material para não ressecar e descascar. Já em relação às cadeiras, caso a estrutura seja de alumínio, basta fazer uma limpeza semanal com pano úmido para tirar a poeira.
“Se o mobiliário estiver em área descoberta e possuir estofamento, temos que lembrar que mesmo os tecidos sendo impermeáveis, as costuras das almofadas não são. Então, o melhor é guardar as almofadas quando não estiver usando a mobília. Para cordas náuticas, se forem ficar ao sol, também deve-se usar cores mais neutras para não desbotar com o tempo. Se o ambiente for coberto, pode-se abusar das cores”, explica Sabbatini.
A arquiteta ressalta que um dos principais cuidados que se deve ter na decoração e instalação do mobiliário é a preocupação com a circulação. “Ela precisa ser confortável. Não podemos encher o ambiente de mobiliários e, durante o uso, ficar pedindo ‘licença’ para circular. Por isso, a escolha dos móveis é muito importante. Se o espaço for mais quadrado, uma mesa redonda pode ser uma boa escolha. Avaliar o formato do ambiente ajuda na definição das peças-chaves”, orienta Sabbatini.
A profissional ainda destaca que se deve ter um cuidado especial com o mobiliário em relação aos ambientes a que se destinam. “No caso de mobiliários de áreas externas, se ficarem expostos por muito tempo ao sol e umidade, o melhor é trabalhar com materiais como alumínio, tecidos náuticos e cordas. Deve-se ter cuidado também em relação ao uso das cores em ambientes muito ensolarados, pois podem desbotar com o tempo”, completa a arquiteta.