A pandemia fez com que o hábito de ir até bares e restaurantes para apreciar um chope tivesse que ser modificado, ou seja, ao invés de ir até um estabelecimento para se reunir com a família ou os amigos, as reuniões passaram a ser virtuais e online. Embora a venda de bebidas pela internet tenha registrado crescimento de 960% em volume de vendas entre março e outubro de 2020, segundo levantamento da Synapcom, muitos ainda não abrem mão de apreciar um chopp fresquinho e direto da torneira. “Alguns estabelecimentos costumam vender mais chopes do que bebidas em garrafa”, explica Renato Bergamini, responsável pelo marketing da cervejaria Ashby.
Para evitar que muitos empreendedores do ramo amargassem prejuízos durante o período de fechamento de bares e restaurantes, a saída foi apostar no delivery de chope. “O cliente acessa o nosso site, coloca o endereço, escolhe um dos sete sabores disponíveis e encontra um distribuidor mais próximo de sua residência”, explica Bergamini. Para conseguir entregar a bebida com o sabor conservado e de forma segura, os distribuidores da marca estão investindo em growlers pet.
Antes da popularização das cervejas engarrafadas e da invenção da geladeira, nos Estados Unidos do século 19, a única forma de poder apreciar sua cerveja favorita era abastecer uma espécie de balde com tampa em uma cervejaria mais próxima. O
barulho que o gás carbônico da cerveja fazia dentro do recipiente lembrava um cachorro rosnando. Como rosnar em inglês é “growl”, daí o nome Growler.
“Muita gente acredita que o PET é prejudicial ao meio ambiente, só que ele é um dos materiais mais reciclados do Brasil, então é importante ficar atento e aprender a diferenciar os tipos de plásticos que descartamos no dia a dia para evitar desinformação”, diz o analista de marketing.
No caso da Ashby, o PET é usado em 90% dos growlers da marca, que também comercializa a versão em vidro em seu site oficial. Apesar de a versão em plástico ser descartável, o PET é reciclável e evita o processo industrial de engarrafamento.
“O growler até então era bastante popular entre pessoas que apreciam o meio cervejeiro, mas, com a pandemia, muita gente descobriu o que é o garrafão e que é possível consumir uma cerveja especial direto da torneira com a mesma qualidade e sem precisar se deslocar até um bar, então acredito que quando a situação estiver mais controlada, o hábito de pedir chope por delivery vai continuar”, finaliza Bergamini.
Sobre a Ashby
Foi no ano de 1993 que Scott Ashby, americano que chegou ao Brasil em 1992, decidiu montar, na cidade Amparo, SP, a primeira Micro Cervejaria do Brasil, a fim de trazer ao país o conceito de cervejas especiais dos EUA. Scott, Doutor em Física, apaixonado por cervejas, ingressou no curso de Mestre Cervejeiro na Universidade da Califórnia no ano de 1990 e, logo em seguida começou a trabalhar na cervejaria americana Wasatch, onde permaneceu por dois anos. Antes disso, Scott já era homebrewer e produzia cervejas para seus amigos, que rapidamente consumiam toda a produção caseira.
E a diferenciação da empresa já começou quando pensou em montar uma fábrica na cidade de Amparo, SP, circuito das Águas Paulistas. Como essas bebidas são compostas por 90% de água, a qualidade desta na fabricação é extremamente relevante. Por isso, a Ashby, escolheu estrategicamente o melhor lugar para suas instalações. As águas de Amparo, além de conservar a pureza que brota da terra, têm um equilíbrio excelente entre sais e minerais tornando-a perfeita para a fabricação de chopes e cervejas de qualidade ímpar.
Foi graças à Ashby que o cenário do mercado nacional começou a experimentar um novo conceito de cervejas diferenciadas, o que antes era privilégio para poucos.