Com aproximadamente 2 milhões de doses da vacina bivalente contra Covid-19 já aplicadas em dez dias, o Movimento Nacional pela Vacinação ganhou um novo reforço de mobilização. Na sequência da campanha que tem como embaixadores Xuxa Meneghel, Margareth Dalcolmo (médica e cientista) e Ivan Baron (influenciador e ativista PcD), mais 17 celebridades vão aderir à causa para elevar os índices de vacinação do país.
 

São músicos, atores, apresentadores e esportistas. O esforço conta com nomes como Beth Goulart, Emicida, Camila Pitanga, Camila Morgado, Mônica Martelli, Natália Lage, Nivea Maria, Paulo Betti, Caio Blat, Sheron Menezzes, Leandra Leal, Daiane dos Santos, Caio Braz, Douglas Silva, Hebert Conceição, Raíssa Machado e Vinícius Rodrigues.
 

Na abertura dessa nova fase, a atriz Beth Goulart relata em tom emotivo a história dela com sua mãe Nicette Bruno, que faleceu de Covid-19 em 2020, um mês antes da chegada da vacina ao Brasil. “A dor não tem que ser motivo para vacinar. A vida, sim, tem que ser. Vamos nos unir ao Movimento Nacional pela Vacinação”, convida a atriz no vídeo.
 

Lançada oficialmente em 27 de março, com a vacinação simbólica do presidente Lula em Brasília, a campanha prioriza nesse primeiro instante pessoas acima de 70 anos, indivíduos imunocomprometidos, acolhidos e trabalhadores em instituições de longa permanência, além de indígenas, ribeirinhos e quilombolas.
 

Esse período inicial também é uma oportunidade para quem não faz parte do grupo prioritário, mas ainda não completou o esquema vacinal com duas doses, ou não recebeu a dose de reforço. Ter o esquema vacinal completo é fundamental porque, com o passar do tempo, o organismo pode perder a memória imunológica contra o vírus.
 

Estudo realizado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) com mais de 1,5 mil pessoas revelou que seis meses depois da segunda dose, os anticorpos haviam caído entre os pesquisados. Com o reforço na imunização, eles voltaram a subir consideravelmente.


RETOMADA E CONFIANÇA — O Movimento Nacional pela Vacinação é uma das prioridades do governo brasileiro para a reconstrução do Sistema Único de Saúde (SUS) e para restabelecer a confiança nas vacinas e na cultura de vacinação. Os índices sofreram quedas drásticas nos últimos anos, agravadas com a falta de incentivo e de campanhas.
 

“Em 2015, o Brasil atingiu uma média de 95% de pessoas completamente imunizadas dentro do público-alvo de cada vacina do Programa de Imunizações, média que chegou a preocupantes 60,8% em 2021″, lembrou o presidente Lula no lançamento da campanha. “Depois de um triste período de negacionismo e descrença na nossa ciência, o Governo Federal e o Ministério da Saúde voltam a cuidar do povo brasileiro”.