Espetáculo dedicado ao neto da coreógrafa Deborah Colker, desembarca no Recife nos dias 20 e 21 de novembro

A ousadia e complexidade dos movimentos da Cia. de Dança Deborah Colker foram comprovadas mais uma vez no espetáculo Cura, que ocupa o palco do Teatro Guararapes nos dias 20 e 21 de novembro. Com dramaturgia do rabino Nilton Bonder e trilha original de Carlinhos Brown, a montagem é fruto de uma angústia pessoal de Deborah Colker, da busca de uma solução para a epidermólise bolhosa, doença genética incurável que seu neto Théo tem.

Cura vai muito além do aspecto biográfico, trata de ciência, fé, da luta para superar e aceitar nossos limites, do enfrentamento da discriminação e do preconceito. A coreógrafa concebeu o projeto em 2017, mas foi no ano seguinte, com a morte de Stephen Hawking, que encontrou o conceito. Embora acometido por uma doença degenerativa, a ELA (Esclerose lateral amiotrófica), o cientista britânico viveu até os 76 anos e se tornou um dos nomes mais importantes da história da física. Deborah percebeu que há outras formas de cura além das que a medicina possibilita. “Quando foi diagnosticado, os médicos deram a Hawking três anos de vida. Ele viveu mais 50, criativos e iluminados. Entendi o que é a cura do que não tem cura”, conta Deborah.

A estreia aconteceria em Londres em 2020, mas a pandemia não permitiu. O adiamento deu ao espetáculo mais um ano de pesquisas, transformações e reflexões. “A pandemia me fez ter certeza de que não era apenas da doença física que eu queria falar. A cura que eu quero não se dá com vacina”, afirma.

Há dores mostradas no palco, mas há esperança no final. Deborah diz que procurou preservar a alegria necessária à vida. Um ingrediente para isso foi a semana que passou em Moçambique durante a preparação, quando conheceu pessoas que não perdiam a vontade de viver, apesar das muitas dificuldades. “Fui procurar a cura e encontrei a alegria”, reflete.

Logo no início, conta-se a história de Obaluaê, orixá das doenças e das curas. As palhas que Yemanjá usa para cobrir o corpo enfermo de Obaluaê abrem o espetáculo com sua história e o ritmo de tambores ao fundo. Com mergulhos nos elementos das culturas africanas, indígenas e orientais e viagens pelo Brasil e pela África, o processo de construção trouxe além de uma rica cenografia, elementos novos, como o canto.

Com estreia nacional no Globoplay, Cura segue em turnê pelo Brasil e Recife ganha duas apresentações: dia 20, a partir das 21h e no dia 21, a partir das 20h, no Teatro Guararapes. Os ingressos custam entre R$25 e R$160 e começam a ser vendidos a partir do dia 25 de outubro na Bilheteria do Teatro Guararapes e através do Sympla.

SERVIÇO:
Quando: 20 e 21 de novembro
Horários: Sábado, 21h, Domingo, 20h.
Onde: Teatro Guararapes, Centro de Convenções de Pernambuco
Endereço: Av. Prof. Andrade Bezerra, S/N, Salgadinho, Olinda PE, CEP: 53111-970
Telefone: 81 – 3182 8020
Ingressos:

  • inteira R$160,
  • meia R$80,
  • promocional inteira R$50 (vendas limitadas à 10% da capacidade),
  • promocional meia 25 (vendas limitadas à 10% da capacidade),
    Vendas: Bilheteria do Teatro Guararapes e SYMPLA (a partir de 25/10/2021)

FICHA TÉCNICA
Criação, Coreografia e Direção DEBORAH COLKER
Direção Executiva JOÃO ELIAS
Música CARLINHOS BROWN
Direção de Arte e Cenografia GRINGO CARDIA
Dramaturgia NILTON BONDER
Figurino CLAUDIA KOPKE
Desenho de Luz MANECO QUINDERÉ
Realização JE PRODUÇÕES LTDA.
Duração 1h15 MINUTOS (sem intervalo)
Classificação LIVRE