Com o aumento da expectativa de vida e com o envelhecimento populacional, a cegueira e a deficiência visual precisariam ser prioridades da saúde pública mundial. É o que aponta o estudo do Vision Loss Expert Group (VLEG) ao concluir que a cegueira e a deficiência visual devem dobrar até 2050.
A pesquisa atualizou as estimativas da perda de visão em todo o mundo. Em 2050, a previsão é que 61 milhões de pessoas serão cegas, 474 milhões terão deficiência visual moderada a severa, 360 milhões terão deficiência visual leve e 866 milhões terão presbiopia não corrigida.
“As condições oftalmológicas mais comuns são: catarata senil, degeneração macular relacionada à idade, glaucoma e retinopatia diabética. Além disso, na idade avançada, a deficiência visual não afeta apenas significativamente a qualidade de vida, mas também amplifica comorbidades, como deficiência cognitiva e risco de quedas”, conta o oftalmologista José de Barros, do Instituto de Olhos Clóvis Paiva (IOCP).
Ainda de acordo com o médico José de Barros, a maioria dos casos de deficiência visual é por falta de óculos ou de tratamento adequado com o diagnóstico feito na ida regular ao oftalmologista . E a maior causa de cegueira e a segunda de deficiência visual é a catarata, que possui um tratamento efetivo com cirurgia de intervenção única.