A CAIXA Cultural Recife recebe, a partir de 19 de junho, a exposição Entre o Aiyê e o Orun com a temática centrada nos mitos da criação do mundo das religiões afro-brasileiras. Na mostra, estarão reunidos trabalhos de 14 artistas, em técnicas diversas, em cujas obras as narrativas afro-brasileiras estão fortemente representadas. Pinturas, desenhos, esculturas, fotografias, instalações e as mais variadas expressões, linguagens e técnicas dão forma à exposição, que tem entrada franca e poderá ser visitada até 1º de setembro, com patrocínio da CAIXA e do Governo Federal.

Para a abertura da mostra, a curadora Thais Darzé acompanhará o público em duas visitas guiadas. A primeira na noite de abertura, terça-feira (18), às 19h, e a segunda na quarta-feira (19), às 10h. As duas atividades são gratuitas e não necessitam inscrição prévia.

Entre o Aiyê e o Orun tem como objetivo colocar em pauta a produção artística afro-brasileira influenciada pela cosmologia africana, num movimento de reconhecimento e valorização das nossas matrizes culturais. “Um traço em comum entre os artistas dessa mostra é transitarem no território do sagrado, sagrado esse silenciado, velado e perseguido durante séculos. Na visão de mundo afro-brasileira, os questionamentos não encontram respostas filosóficas, pois na tradição africana a mitologia conta histórias que narram o início e a razão das coisas. Esses mitos, também chamados de itans dentro do universo cultural afro-brasileiro, formam uma vasta mitologia vinda da África, que criou o modo de ver, vivenciar e sentir o mundo de muitos brasileiros”, diz a curadora.

A mostra contempla expoentes das artes plásticas como Agnaldo dos Santos (1926-1962), Carybé (1911-1997), Emanoel Araújo (1940-2022), Jayme Figura (1959-2023), Mario Cravo Jr. (1923-2018), Mario Cravo Neto (1947-2009), Mestre Didi (1917-2013), Pierre Verger (1902-1996), Rubem Valentim (1922-1991), Ayrson Heráclito, Caetano Dias, J. Cunha, José Adário e Nadia Taquary. “O eixo conceitual da exposição são os mitos da criação do mundo na visão afro-brasileira, dessa forma as obras selecionadas transitam por essa poética”, explica Thais.

Através dos trabalhos de nomes reconhecidos internacionalmente, a mostra parte de uma ampla pesquisa que visa à apresentação e ao cruzamento dessas produções, mostrando de que forma são cruciais na trajetória da arte contemporânea afro-brasileira. Além da relevância artística dos trabalhos expostos, ainda se destaca a diversidade de suportes e técnicas apresentadas, exaltando a diversidade da produção artística oriunda da Bahia, berço da cultura africana no Brasil. 

Atividades:

Como parte da programação, será realizada uma Oficina de artes visuais com Caetano Dias, no dia 10 de agosto (sábado), às 10h. O evento é gratuito, com vagas limitadas e as inscrições poderão ser realizadas através do site CAIXA Cultural, a partir do dia 06 de agosto.

SERVIÇO:
[Exposição] Entre o Aiyê e o Orun’
Local: CAIXA Cultural Recife – Av. Alfredo Lisboa, nº 505, Bairro do Recife
Abertura: 18 de junho (terça-feira), às 19h
Datas: 19 de junho a 1º de setembro de 2024
Horário: de terça a sábado, das 10h às 20h, e domingos das 10h às 18h
Classificação: Livre
Entrada Franca
Acesso a pessoas com deficiência
Informações: Site CAIXA Cultural / Instagram @ caixaculturalrecife /
(81) 3425-1915
Patrocínio: CAIXA e Governo Federal