O uso intenso do álcool gel a 70% para higienização das mãos, como um dos mecanismos de combate ao coronavírus, fez aparecer mais um problema para a saúde pública, o aumento do número de queimados nos hospitais de todo o País.

Dados da Sociedade Brasileira de Queimaduras indicam que, desde 19 de março, quando a Agência Nacional de Vigilância Sanitária publicou a resolução 350, flexibilizando a comercialização do produto, ocorreram mais de 100 acidentes pela combustão do álcool gel no Brasil.

Para a dermatologista Renata Furtado a situação é alarmante. “Alguns hospitais identificaram um grande aumento de internações de queimados em relação há uns 20 dias antes da norma da Anvisa. Tem gente passando álcool no corpo para combater o novo coronavírus e isso não se faz em nenhuma hipótese”, destacou Renata.

O que fazer?
Em caso de queimaduras, Furtado orientar a colocar um pano limpo e ir diretamente para um hospital para evitar a infecção e aprofundamento da lesão. “Receitas caseiras como clara de ovo, pomadas e borra de café devem ser evitadas para prevenir a ocorrência de contaminação da ferida”, destaca médica

Ainda de acordo com o Ministério da Saúde, entre as crianças, os acidentes domésticos correspondem a cerca de 5 mil mortes por ano e 110 mil casos de hospitalização. Além disso, em época de maior frequência em casa, os casos crescem cerca de 25%.

Além do álcool, a dermatologista reforça os cuidados com cabos de panela, manuseio de líquidos quentes, proteção de tomadas e ferro elétrico para evitar queimaduras térmicas, provocadas por exposição a fontes de calor, ou elétricas, provocadas por contato com correntes elétricas.

Fonte: Via assessoria de imprensa