Roberto César Duarte Gondim, coordenador do curso de Odontologia da Faculdade Anhanguera, avalia a importância dos cuidados com a higiene bucal durante o período de folia

Com o Carnaval se aproximando, a euforia dos foliões muitas vezes os leva a trocarem inúmeros beijos na boca, negligenciando a devida atenção à higiene bucal. Para Roberto César Duarte Gondim, coordenador do curso de Odontologia da Faculdade Anhanguera, todo cuidado é pouco durante essa época de festa e que a cautela para com contatos bucais é essencial a fim de evitar contágios.

Para o especialista, o simples ato de trocar beijos durante os festejos pode ser uma via de transmissão para diversas doenças infecciosas. “É essencial reforçar os cuidados com a saúde bucal nesse período. Adotar algumas práticas é fundamental para evitar a propagação de micro-organismos prejudiciais. Como orientação: escovar os dentes e usar fio dental regularmente, evitar compartilhar utensílios pessoais, praticar sexo seguro com preservativos durante o sexo oral, cobrir a boca ao tossir ou espirrar, lavar as mãos regularmente, evitar contato com lesões ativas nos lábios ou genitais, e manter-se sempre atualizado com as vacinas recomendadas, além de consultar o dentista regularmente”, destaca.

Entre as doenças, segundo Roberto Gondim, temos as infecções sexualmente transmissíveis, como a gonorreia e sífilis que podem causar lesões orais. No entanto, é mais difícil de ocorrer, a não ser uma pessoa tenha feito sexo oral com alguém contaminado, podendo passar para outra pessoa através do beijo. Além do resfriado, gripe, Covid-19, Hepatite B, pode também ser contraído através do beijo, a herpes labial e genital, a mononucleose (doença do beijo), HIV e o citomegalovírus (transmitido pela saliva).

“Os sinais que podem indicar a presença dessas enfermidades incluem: mau hálito persistente, gengivas vermelhas, inchadas ou sangrando, dor na boca ou nos dentes, feridas, manchas brancas ou vermelhas, caroços ou úlceras que não cicatrizam podem ser sinais de condições como leucoplasia, candidíase oral ou até mesmo câncer bucal, além de dor de garganta intensa e fadiga extrema na mononucleose. Portanto, cuide de si e preste atenção nas outras pessoas”, alerta.

O especialista destaca três doenças em particular. Confira:

Mononucleose (doença do beijo): um vírus transmitido pela saliva, que pode causar mal-estar, febre, dores de cabeça e garganta, e placas brancas na garganta. Não há prevenção para esta doença, e o tratamento se baseia no controle dos sintomas.

Herpes labial: outro vírus que pode ser transmitido pelo contato durante o beijo. A manifestação mais comum é a de feridas nos lábios pós o aparecimento de pequenas bolhas, e que regridem e cicatrizam em alguns dias. Sua infecção inicial em quem nunca teve contato com o vírus pode causar alterações sistêmicas, como dor de cabeça, febre, mal-estar e feridas na cavidade oral.

Sífilis: infecção bacteriana mais conhecida por ser uma IST (infecção sexualmente transmissível), porém também capaz de ser transmitida pelo beijo. A infecção ocorre através de pequenas feridas na boca, e o curso da doença causa manifestações sistêmicas que podem ser fatais. O tratamento consiste no uso de antibiótico.

Por fim, Roberto Gondim reforça os principais cuidados. Confira:

  • Escove os dentes pelo menos duas vezes ao dia com creme dental com flúor;
  • Use fio dental diariamente para remover placa bacteriana e restos de comida entre os dentes;
  • Utilize enxaguantes bucais antimicrobianos;
  • Evite compartilhar escovas de dentes, aparelhos ortodônticos, copos, talheres e outros utensílios pessoais;
  • Mantenha as vacinas em dia, especialmente contra doenças como a gripe e o vírus da hepatite B, que podem ser transmitidas pela saliva;
  • Caso tenha feridas na boca, evite o contato próximo com outras pessoas até a cicatrização;
  • Evite o hábito de roer unhas, morder lápis ou objetos que podem ferir a boca e facilitar a entrada de microrganismos;
  • Promova a conscientização entre familiares, amigos e colegas;

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