O sétimo concerto oficial da temporada 2018, oferecido pela Prefeitura do Recife, reuniu um numeroso e entusiasmado público, na noite de ontem. O evento gratuito agradou com um repertório que uniu Rossini, Ivan Lins e Beatles
Aplaudida de pé em vários momentos da apresentação, a Banda Sinfônica do Recife realizou, na noite de ontem, no Teatro de Santa Isabel, o 7º concerto oficial da temporada 2018. O maestro Nenéu Liberalquino e seus músicos mostraram um repertório eclético, que agradou e emocionou gente de várias idades e gostos diversos.
A abertura ocorreu com o clássico O Barbeiro de Sevilla, de Giochino Rossini, um dos compositores eruditos mais produtivos da história da música clássica no mundo. Na sequência, a banda executou Satiric Dances, de Norman Dello Joio. E, logo depois, o público deliciou-se com a brasilidade de Novo Tempo, de Ivan Lins, um dos artistas brasileiros mais gravados no exterior, e Vitor Martins.
Passeando por sons ingleses inesquecíveis, a Banda Sinfônica do Recife levou para o palco também um medley com composições dos Beatles, só com músicas de John Lennon e Paul McCartney: Because, Drive May Car, What You’re Doing, The Word, Eleanor Rigby, Hey Jude e Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band.
Por fim, o público pôde apreciar Somewhere in Time, de John Barry, que ficou célebre na trilha do filme Em Algum Lugar do Passado, e O Voo do Besouro, da ópera Czar Saltan, de Nicholas Rimsky-Korsakov. O encerramento aconteceu com Na Glória, de Ary dos Santos e Raul de Barros, com arranjo do pernambucano Spok, que inclusive tocou com a banda durante todo o espetáculo, e o solo de trombone de Marcos Flávio.
De acordo com o turismólogo e estudante de história Gustavo Tiné, a apresentação foi um sucesso. “A Banda Sinfônica do Recife, mais uma vez, misturou o erudito e o popular. Essa mistura agrada muito o público”, comentou ele, ao fim do concerto. “O maestro Nenéu Liberalquino tem uma conexão imensa com a plateia,”, complementou.
Já a aposentada Ivanise Santos, 73 anos, viu a Banda Sinfônica pela primeira vez e saiu do teatro encantada. “Foi tudo maravilhoso! Eu não vinha ao Teatro de Santa Isabel há 30 anos. Depois desta noite, decidi que voltarei sempre”, disse a aposentada, que foi ao concerto a convite da amiga Cleide Lins, de 69 anos. “Eu gostei bastante, principalmente do choro Na Glória, que me fez lembrar de outros tempos”, suspirou Cleide.