Evento conta com gira de conversa e pocket shows de Deolindo, Jongo Dito Ribeiro e Samba de Roda Nega Duda, dia 2 de julho

Festival Dialéticas Afro-Musicais chega a sua terceira gira de conversa, com uma programação gratuita, marcando o pioneirismo de sua primeira edição e promovendo o encontro da música, performances e literatura de matriz africana do Brasil. No próximo dia 2 de julho, sábado, o festival apresenta “As Rodas Sagradas do Universo Negro Brasileiro” como eixo de reflexão, articulado às práticas culturais e artísticas negras.

A programação reúne pensadores, estudiosos, escritores, artistas e atuantes das culturas negras. Iniciando os trabalhos, Dr.Juarez Xavier, professor e jornalista, e a educadora e socióloga Ednéia Gonçalves participam de uma roda de conversa com o objetivo de abordar as relações entre as três rodas sagradas do universo afrodescendente brasileiro; as rodas de samba, capoeira e candomblé, e as inscrições de conhecimento pelo corpo e pela voz. O bate papo será mediado pelo sociólogo e pesquisador Tadeu Kaçula. Na ocasião, o público confere as apresentações de Deolindo, Jongo Dito Ribeiro e Samba de Roda Nega Duda.

Tocando e cantando músicas e canções, seja na prática das crenças trazidas pelos africanos que desembarcaram no Brasil ou em jogos lúdicos, a linguagem dos tambores expressa aspectos socioculturais de cada família pertencente a mãe África. A vivência das rodas sagradas do universo afro tem como princípio, compartilhar moveres ancestrais que constituem o fazer do corpo negro brasileiro. 

Ser um manifesto lúdico festivo atento aos elementos e influências da cultura africana é o objetivo desse projeto. Reunindo grandes nomes do cenário musical e pensadores negros para debater a historicidade afro brasileira.  Ao longo de quatro encontros, o público é convidado a participar de rodas de conversa e assistir a pocket shows exclusivos. Nove atrações se dividem em dois shows por dia: Fabiana Cozza, Samba de Roda Nega Duda, Tupinambá, Gê de Lima, Banto Samba Club, Lobato Acarahyba, Jongo Dito Ribeiro, Deolindo, François Muleka e Filó Machado.

“Minhas expectativas para a realização do Festival Dialéticas Afro- Musicais são as melhores possíveis. O festival provoca a sociedade como um todo, e isso vai nos possibilitar enxergar e debater temas relevantes, que dizem respeito ao legado da cultura africana e sua importância no contexto social brasileiro, ao longo dos anos. “, Tadeu Kaçula, curador do evento.

“O festival celebra as heranças deste povo na América Latina. As dialéticas afro-musicais tem uma história, uma tradição de pessoas, de famílias e de empreendedores que construíram esse patrimônio histórico e imaterial, a nossa cultura.”, diz Cida Gonçalves, curadora do festival.

A iniciativa é da Casa do Batuque Produções Artísticas e a curadoria e idealização, de Cida Gonçalves e Tadeu Kaçula. O projeto Festival Dialéticas Afro-Musicais ficou em primeiro lugar pela 5ª Edição do Edital de Apoio a Música para a cidade de São Paulo, realizado pela Secretaria Municipal de Cultura, que visa trabalhar as multiplicidades da capital, fortalecer e difundir a produção artística. Além de dar visibilidade para as histórias apagadas, silenciadas e ocultadas do grande público.

Serviço:

Local: Centro Cultural São Paulo – CCSP / Sala Adoniran Barbosa

Endereço: Rua Vergueiro, 1000

Capacidade: 622 lugares

Dias: 2 de julho e 6 de agosto

Horário: 18h30

Entrada: gratuita – Retirada dos ingressos 01 hora antes na bilheteria

Perfil do evento no Instagram: @dialeticasafromusicais

Programação:

02/07/2022

Gira de conversa: As rodas sagradas do universo negro brasileiro 

Palestrantes convidados: Dr. Juarez Xavier (jornalista e professor) e Ednéia Gonçalves ( socióloga e educadora)

Mediação – Tadeu Augusto Matheus (Tadeu Kaçula) 

Apresentações: Samba de Roda Nega Duda, Jongo Dito Ribeiro e Deolindo