Com relatos do seu uso desde 3.500 a.C, a aromaterapia é uma prática integrativa e complementar muito antiga. Muito popular no Brasil, foi implementada no Sistema Único de Saúde (SUS) em 2017 como técnica auxiliar aos tratamentos médicos tradicionais. De acordo com Roumayne Medeiros, mestre em Saúde Pública, sanitarista, enfermeira, professora do curso de Enfermagem da Estácio, como o próprio nome diz, a aromaterapia vem dos óleos essenciais retirados de flores, frutos e outros vegetais para fins terapêuticos e que possuem aroma. 

“É uma forma natural de utilizar substâncias aromáticas que vão dar suporte a alguns desconfortos, quer sejam de natureza física ou emocional, e auxiliar no suporte de questões de saúde, elevando o nosso bem-estar”, explica. Segundo a especialista, existem diferentes formas de fazer uso dos aromas, umas delas é por meio da inalação. 

“Pode-se também fazer o uso tópico, passando o óleo essencial na pele no local que está sendo indicado naquele momento, ou até mesmo por meio da ingestão, mas apenas se for óleo puro e desde que seja de qualidade atestada e aprovado pela Anvisa”, alerta. Um dos óleos mais utilizados na aromaterapia é o de lavanda, muito seguro e versátil. “Ele atua muito bem na questão emocional como um calmante natural e como suporte em casos de ansiedade e de insônia. Mas ele também pode ser utilizado para suporte no tratamento de feridas, picadas, lesões na pele e dermatites”, afirma a enfermeira.

Outro óleo muito versátil é o Lemon, que tem como base o limão siciliano. “Ele ajuda a desintoxicar o nosso organismo, tem ação bactericida e pode ser utilizado também para quem precisa de mais foco e concentração, além de deixar qualquer ambiente com um cheiro bastante agradável”, aponta.

Segundo Roumayne, o óleo de copaíba, nativo brasileiro, tem ação anti-inflamatória muito potente. Pode ser utilizado na pele para ajudar na regeneração de células após ferimentos ou em cicatrizes no pós-operatórios, bem como no suporte à dor. “Também é um óleo que ajuda a elevar nossa imunidade”, completa. A especialista indica, por fim, o óleo de tangerina, com propriedades que ajudam a melhorar o humor e a sensação de bem-estar. “Ele pode ser utilizado também para encorajar a criatividade e afastar a preguiça”, completa a professora da Estácio. 

No mercado, existem diversos tipos de óleos essenciais que podem ser utilizados para a aromaterapia. “Hoje, existem diversas empresas que fabricam os óleos, alguns diluídos e outros 100% puros, e as pessoas podem tanto procurar os serviços que fazem a venda desses óleos essenciais como se cadastrar nas próprias empresas e serem consultoras de bem-estar”, explica Roumayne. 

Além disso, existem os profissionais, que são os aromaterapeutas, que dão um suporte na utilização desses óleos essenciais e fazem as prescrições ideais e devidas de acordo com a necessidade do usuário. “Então, antes de iniciar um suporte com aromaterapia, é importante recorrer a um especialista para que ele possa orientar e indicar o tratamento mais efetivo”, finaliza.