Clarinetista, saxofonista e compositor, Caetano Brasil está em um dos principais momentos de sua carreira que já tem mais de uma década de estrada. Após ser indicado pelo álbum “Cartografias” na categoria de “Melhor álbum instrumental” para o Grammy Latino 2020, ele volta não só às suas raízes como a de toda a música brasileira para buscar um olhar para o futuro. “Pixinverso – Infinito Pixinguinha” será um disco focado em estreitar os laços entre o choro, o jazz contemporâneo e a world music, relendo composições que fazem parte da vida de milhões de pessoas. O primeiro single é uma recriação de “Carinhoso” e será lançado no dia 10/09.
“Pixinguinha talvez seja o compositor – junto com o Jacob do Bandolim – que há mais tempo está de forma contínua no meu repertório. E tocar suas músicas – nas rodas ou nas salas de concerto – é sempre me deparar com a sua genialidade. Me encantar de brilhar o olho com passagens que duram menos de 2 segundos. Nunca acaba. E saber que nunca acaba, hoje com 11 anos de carreira e uma banda que toca junto há oito anos, me faz querer e poder explorar esse terreno com respeito e ousadia. Esse projeto já habita minha mente faz tempo e agora é hora de trazê-lo ao mundo”, conta Caetano.
O projeto começou a ser gestado durante a produção de “Cartografias” (2019), último álbum do artista, quando ele chegou a gravar uma versão de “Um a Zero”. A música, lançada como single em dezembro de 2020, fez parte do repertório apresentado no Prêmio BDMG Instrumental e no Prêmio Nabor Pires Camargo, eventos nos quais Caetano foi eleito como Melhor Instrumentista e premiado em 1º lugar, respectivamente. Ver a sua versão única para algo tão clássico inspirou Caetano a ir mais a fundo.
“Dar continuidade a esta tecelagem é uma busca, fio a fio, de reapresentar Pixinguinha para o meu tempo de confusão urbana, de prédio e de internet, com todas as interferências que as ondas invisíveis que nos atravessam podem causar. Há beleza pra quem tem olhos de ver! ‘Pixinverso’ propõe uma reconexão com a cultura popular brasileira – do que Pixinguinha é embaixador – com a essência do choro, que é provavelmente o retrato musical mais fidedigno do nosso povo”, resume Caetano.
O repertório vai se dividir em clássicos como “Carinhoso” e “Rosa”, e faixas mais desconhecidas do grande público como, “Canção da Odalisca”. “Os arranjos têm características muito dinâmicas – quase camerísticas – em que os quatro instrumentos principais: clarinete/saxofone, piano, baixo e bateria, se revezam em suas funções de solista e acompanhador, surpreendendo o ouvinte a cada esquina, mesmo nas melodias que já têm lugar cativo em nossos corações. Planejo ainda algumas variações desta formação base como duo meu com piano e adição de outros instrumentos como quarteto de cordas e
acordeom para perfumar ainda mais alguns capítulos desta história”, antecipa dele.
Essa mistura de ritmos marca seus dois álbuns: “Caetano Brasil” (2015) e o já citado e indicado ao Grammy “Cartografias”. “Pixinverso – Infinito Pixinguinha” tem lançamento previsto para março de 2022.
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