Apontado como a renovação do jazz brasileiro, pianista recifense mostra álbum dia 26 de abril


A cultura de Pernambuco transborda naturalmente no estilo de Amaro Freitas, pianista e compositor de 27 anos, uma das grandes revelações do jazz brasileiro recente. Contratado pelo selo londrino Far Out, ele tem show marcado dia 26 de abril, no Teatro de Santa Isabel, quando apresentará seu segundo álbum, “Rasif”, que já foi lançado em importantes clubes de jazz da Europa, entre eles Duc de Lombards (Paris), Unterfahrt Jazz Club  (Munique), Casa da Música (Porto) e na respeitada Ronnie Scott’s, em Londres.

Influenciado pelo mestre do frevo Capiba, por Moacir Santos, Hermeto Pascoal e Egberto Gismonti, mas também pelas grandes referências do piano jazz, como Monk, Jarrett ou Corea, conquistou com seu disco de estreia, “Sangue Negro” (2016), a crítica, que nele encontrou uma nova vida no piano jazz. Pelo álbum, faturou o Prêmio MIMO Instrumental daquele ano. 

Muito para lá do sempre predominante samba jazz, Amaro Freitas volta-se para a cultura nordestina e traduz o frevo, o baião, o maracatu, a ciranda ou o maxixe para a linguagem do jazz. No seu giro pela Europa este ano, extasiou a crítica internacional em importantes mídias especializadas: Jazzwise, All About Jazz, BBC Radio e na mais prestigiada revista de jazz do mundo, a Downbeat.


No show do Recife, o Amaro Freitas Trio – com Jean Elton (baixo acústico) e Hugo Medeiros (bateria) – convida o público a desbravar novas rotas e experimentar a capacidade percussiva do seu pianos, em complexos padrões matemáticos, ritmos imprevisíveis e hipnóticos. Haverá participação de Henrique Albino no sax e flauta.

O conjunto consolida, em 1h10 de espetáculo, a sua proposta artística de cruzar elementos da cultura popular afro-brasileira com o jazz em uma única espiral sonora. No primeiro momento do concerto, apresenta temas como o baião de “Dona Eni”, “Samba de César“ e as vertiginosas “Coco Trupé” e “Mantra”. Na sequência, contrasta os temas frenéticos, com “Aurora” e “Rasif”, ambas evocando momentos de plenitude. Quando o peso do tempo é desanuviado pela contemplação da vida e não sentimos as horas passarem.

Na segunda parte do show, Amaro introduz uma performance solo com “Lamento Sertanejo“ de Dominguinhos e passeia pelo frevo “Encruzilhada”, além dos afro-jazz “Afrocatu” e “Sangue Negro”, tema que leva o título do seu primeiro álbum. O show é um fluxo musical sem fronteiras que conecta com naturalidade o folclore do nordeste brasileiro à vanguarda de nomes como Vijay Iyer, Craig Taborn, Thelonious Monk e dos seus conterrâneos Moacir Santos e Hermeto Pascoal.


O ARTISTA –
 Nascido em 1991, o recifense Amaro Freitas é graduado em Produção Fonográfica e trilha carreira como pianista, compositor, arranjador e diretor musical. Através da música instrumental, ocupou espaços como Paço do Frevo (PE), Sesc Pompeia e Auditório Ibirapuera (SP), Usina del Arte – Buenos Aires (ARG), Casa da Música (Porto), Ronnie Scott’s (UK). Amaro Freitas fez participação em discos como o do também pernambucano Lenine (“Em Trânsito” – 2018).



SERVIÇO Amaro Freitas em “Rasif”
Dia 26 de abril (sexta), às 20h30

Teatro de Santa Isabel – Praça da República, s/n, Santo Antônio

Informações: 3355.3323

Ingressos:

R$ 60 (inteira) e R$ 30 (meia)

* À venda nas lojas Latam (shoppings Recife, Plaza e aeroporto) e site Bilheteria Virtual