O evento, direcionado para gestores e profissionais de saúde, acontecerá nesta quarta-feira (29), às 17h, pelo Youtube
O Bloco A, organização dedicada a profissionais de saúde, atuantes na área da saúde sexual e reprodutiva, promove, nesta quarta-feira (29), às 17h, o segundo encontro do circuito de diálogos e promoção de informações sobre saúde sexual e reprodutiva para gestores e profissionais da saúde de todo Brasil. Cada encontro, que será mediado por Janaína Penalva, professora da Faculdade de Direito da UnB e coordenadora científica do Bloco A, contará com dois palestrantes que abordarão as possibilidades e desafios que o Brasil enfrenta para redução do aborto inseguro e garantia da vida e saúde das pessoas com capacidade reprodutiva. A ocasião também terá o lançamento do curso AMAPARA.
Entre os convidados estão, Halana Faria, médica ginecologista, membro do Coletivo Feminista Sexualidade e Saúde; Carla Marques, médica de Família e Comunidade; Silvia Badim, doutora em Saúde Pública pela USP e coordenadora dos Direitos das Mulheres da Diretoria da Diversidade do Decanato de Assuntos Comunitários da UnB; Leonardo Andrade Macedo, mestre em Direito pela UFMG e procurador da república em Uberlândia; Helena Paro, médica, ginecologista, obstetra e doutora em Ciências Médicas e João Paulo de Campos Dorini, defensor público federal e defensor regional de Direitos Humanos em São Paulo. O evento será gratuito e transmitido através do Youtube, no canal do Bloco A.
As mortes evitáveis por abortos inseguros permanecem em patamares elevados no país, sendo a quarta principal causa de morte de mulheres brasileiras. Preocupada com isso, a ONG, em parceria com organizações que atuam na temática da saúde da mulher, desenvolveu um documento político sobre acolhimento e aconselhamento baseado em evidências científicas e direitos para profissionais que lidam diariamente com esse universo. Diante do cenário, é importante frisar a importância dos serviços de atenção básica que recebem mulheres em busca de assistência e precisam de uma porta de entrada segura, garantindo um espaço de escuta quanto ao planejamento familiar. Além do cenário de extrema violência, com destaque para a violência sexual, no país, aproximadamente, 55% das gestações que chegam a termo não são planejadas sendo, também, um dos reflexos da oferta precária dos métodos contraceptivos.
É por entender que o profissional de saúde tem o dever de acolher e informar, evitando o risco de saúde e de vida, que o Bloco A está direcionando o evento para profissionais de saúde de todas as áreas, conselhos profissionais, secretarias de saúde estaduais e municipais, professores universitários e estudantes, além do público interessado no assunto. Também percebendo a carência de formação profissional com atenção digna e humanizada para o abortamento, a ONG lançará, no segundo encontro, o curso AMPARA. As seis aulas, à distância e autoinstrucionais, contarão com 20 horas de carga horária e assuntos como Abortamento no mundo e no Brasil, Serviços de abortamento previstos em lei no Brasil, Abortamento e evidências científicas, Cuidados pré e pós abortamento, Aspectos profissionais no acolhimento à gestação indesejada sob uma perspectiva de redução de danos e Violência obstétrica no abortamento e no cuidado pós-aborto. O evento , que teve início na última quarta-feira (22), seguirá com temas como: (29/09) Formação em saúde sexual e reprodutiva, com o Lançamento do Curso AMPARA e (06/10) Tecnologia à serviço do acolhimento: uma dimensão jurídica.