O cantor e compositor Pedro Santos começa a trilhar novos caminhos após seu elogiado álbum “sussurrO” e convida a uma jornada urbana e caótica por “Babilônia”. Não por acaso, o single foi gravado em Nova York, a metrópole por excelência, e leva os ouvintes a uma reflexão profunda sobre o cotidiano polifônico das grandes cidades. Esta será a faixa-título de seu próximo trabalho, marcado por uma nova abordagem musical para o artista, buscando uma estética que remete à música brasileira do final dos anos 70, porém sem perder contato com os temas e sons modernos.
Ouça “Babilônia”: https://lnk.fuga.com/
“Babilônia” é uma composição que revela a dualidade do cantor quanto à vida nas grandes metrópoles. “Essa música fala sobre o meu conflito com a cidade, a pauliceia ou babilônia desvairada. Sobre como a cidade nos engole, mas também como paradoxalmente nos ‘engole macio’, como buscamos a felicidade nesses espaços, conviver e gostar um do outro. É essa dança desengonçada na sinfonia da cidade, como ficar de pé nesse terreno baldio”, reflete Pedro Santos.
Para a criação da letra, ele contou com a colaboração de seu parceiro musical de longa data, Paulinho Tó, que compartilha do mesmo sentimento em relação à vida urbana e ao frenesi do capitalismo desenfreado. “Os humanos loucos do capitalismo afoito. O drama atual, e futuro, de todos nós”, reflete Pedro.
O novo EP de Pedro Santos será uma evolução de sua jornada musical. Se os primeiros trabalhos vieram calcados na sua voz, violão e guitarra, aqui ele abraça uma estética colaborativa, onde as texturas sonoras se tornam resultado da interação com os músicos em estúdio. Na faixa-título, o time inclui o produtor Apoena Frota, também no baixo; o baterista francês radicado em Nova York e no Rio de Janeiro, Stéphane San Juan; Andre Vasconcelos na guitarra; e Ben Jamal nos teclados e sintetizadores. Por fim, a mixagem ficou a cargo de Kassin; e a master foi feita pelo experiente Ricardo Garcia.
“O disco ‘Babilônia’ é um trabalho que surgiu como uma busca por experimentar um espírito mais de banda, mais coletivo, na estética do som e na formação. Quis homenagear os sons que me influenciaram e romper com o padrão ‘moderno’ de hoje, retornando às raízes tradicionais e clássicas da música”, resume Pedro.
A inspiração para o novo projeto veio das gravações realizadas nos anos 70, onde as músicas eram tocadas ao vivo em estúdio, criando uma atmosfera única e autêntica. “Uma formação de banda imprime outro som porque a composição se transforma nas mãos dos músicos e no arranjo que é decidido entre eles, essa era minha vontade. Eu levantei algumas composições sem tanta preocupação de que elas combinassem entre si. O foco era que a banda trouxesse a amarração sonora e estética”, explica Santos.
O cantor e compositor faz de sua música um ponto de conexão com pessoas reais e histórias ancoradas na intimidade com o ouvinte. Agora, ele está pronto para ir além dos trabalhos já lançados, como os álbuns “DOMiNGO” e “sussurrO”. Sua jornada inclui ainda experiências com a banda Cidadão Madureira, rodas de violão e blocos de carnaval, onde as composições iniciais ganharam vida.
“DOMINGO” (2020) transformou sua parceria com Paulinho Tó em um álbum rico. O lançamento dos singles, sempre no primeiro dia da semana, tornou-se uma pausa reconfortante nas tensões da rotina. As nove faixas autorais foram inspiradas na delicadeza da música brasileira com uma roupagem pop, buscando criar um espaço de encontro e compreensão em uma sociedade complexa e dividida. A proposta foi mostrar o poder transformador da arte e da experiência artística como um diálogo alegre e destemido.
Já em seu primeiro trabalho solo, “sussurrO” (2021), Pedro apresentou seis faixas autorais que abraçam as raízes da MPB com nuances do rock progressivo e blues, além de uma emocionante releitura da clássica “Dores de Amores” de Luiz Melodia. Com produção musical de Bruno Buarque, o álbum é caracterizado por um som íntimo, com participações de talentosos músicos contemporâneos.
Além de seu projeto solo, Pedro Santos tem uma rica trajetória musical. Ele é fundador e diretor musical do Me Engole que eu Sou Jiló, um bloco de amigos cineclubistas que se destacou no carnaval de Brasília. Agora, com o álbum “Babilônia”, Pedro promete continuar surpreendendo o público com sua originalidade e versatilidade artística. Enquanto isso, é possível conferir o single nas principais plataformas de música.
Crédito: Eduarda Jordão
Ficha técnica:
Pedro Santos: guitarra e voz
Apoena Frota: baixo
Stephane San Juan: bateria
Andre Vasconcelos: guitarra
Ben Jamal: piano, teclados e synths
Produção: Apoena Frota em Studio G
Mixagem: Kassin em Estúdio Marini
Masterização: Ricardo Garcia em Estúdio Magic Master
Créditos da capa:
Direção de arte da capa: Ricardo Monteiro
Fotografia: Eduarda Jordão
Assistência: Renata Lorenzi
Produção: Victor Lopes
Créditos da foto
Direção Criativa: Ricardo Monteiro
Fotografia: Eduarda Jordão
Letra
Composição: Pedro Santos & Paulo Tó
Babilônia desvairada
Assim como quem não quer nada
Será que a cidade me engoliu?
E eu olhando pros dois lados
Confuso, mas desconfiado
Vem logo e me engole macio!
E eu sou aquele fulano do passo entortado
Latino beltrano sujeito atrasado
De um povo tentando talvez ser feliz
Vem me refaz no balanço do seu requebrado
Nessa sinfonia de sinal fechado
Meu Deus quanta gente se gosta e não diz
Vem numa outra dimensão, já é tarde!
Quem na travessa desse amor, também arde?
Vem na Alameda desrazão, disparate!
Vê lá que a cidade também te engoliu!?!?
Babilônia desvairada
Bote de cobra criada
A cidade é uma besta no cio!
E eu olhando pros dois lados
Gostando, mas desconfiado
Vem logo e me engole macio!
E eu sou aquele fulano do passo entortado
Latino beltrano sujeito atrasado
De um povo tentando talvez ser feliz
Vem me refaz no balanço do seu requebrado
Nessa sinfonia de sinal fechado
Meu Deus quanta gente se gosta e não diz
Vem numa outra dimensão, já é tarde!
Quem na travessa desse amor, nunca arde?
Vem na Alameda desrazão, disparate!
Vê lá que a cidade também te engoliu!?!?
Vem numa outra dimensão, já é tarde!
Quem na travessa desse amor, também arde?
Vem na Alameda desrazão, disparate!
Vê lá que a cidade também te engoliu!?!?
já é tarde!
Quem na travessa desse amor, nunca arde?
Vem na Alameda desrazão, disparate!
Vê lá que a cidade também te engoliu!?!?
Acompanhe Pedro Santos: