Obras levantam reflexões acerca da saúde mental e de como ela impacta a vida humana

As obras cinematográficas têm a função de divertir, emocionar, entreter e também informar e conscientizar as pessoas sobre temas importantes da sociedade. Em sua essência, a grande maioria dos filmes trazem em si alguma lição ou reflexão sobre a condição humana. Porém, há um extenso catálogo de obras que têm como foco principal a saúde mental e seus impactos. 

“Estamos caminhando para uma realidade em que falar sobre saúde mental já não é mais um tabu, e o cinema tem um grande potencial de contribuição para este debate. As pessoas estão cheias de problemas para resolver e com cada vez mais dificuldade de lidar com tudo o que acontece em suas vidas. Ver esses mesmos desafios e dificuldades em um personagem de cinema pode criar identificação, colaborando inclusive para a busca de soluções, como o suporte psicológico profissional”, menciona a psicanalista e CEO do Ipefem (Instituto de Pesquisa de Estudos do Feminino e das Existências Múltiplas), Ana Tomazelli. 

Abaixo, reunimos cinco dicas de filmes voltados ao tema da saúde mental. Confira!

1) Uma Mente Brilhante (2001)

O drama norte-americano conta a história verídica de um famoso matemático, John Nash. O enredo do longa-metragem percorre sua trajetória acadêmica, a vida ao lado da esposa e como teve que lidar com a esquizofrenia ao longo de sua vida.

John Forbes Nash Jr. é reconhecido como gênio da matemática com apenas 21 anos, e logo começa a dar sinais de esquizofrenia. Nash usa seu conhecimento na matemática para tentar compreender se o que ele vê é real ou fruto da esquizofrenia. Após anos de luta contra a doença, o matemático conquista o prêmio Nobel de Economia. Classificação: 12 anos.

2) As Vantagens de Ser Invisível (2012)

Baseado no romance escrito por Stephen Chbosky, Charlie, um jovem simpático e ingênuo, enfrenta o delicado momento de lidar com o primeiro amor (Emma Watson), o suicídio de seu melhor amigo, e sua própria doença mental.

Enquanto enfrenta todos estes momentos, o jovem luta para encontrar um grupo de pessoas com o qual ele se sinta pertencente. Classificação: 14 anos.

3) Nise – O coração da loucura (2016)

O filme traz uma reflexão sobre a psiquiatria e as práticas manicomiais no Brasil, tendo como fio condutor a batalha da médica Nise da Silveira, uma das precursoras no combate a formas agressivas e desumanas de tratamentos contra transtornos mentais, além de ser uma das primeiras mulheres a atuarem na psiquiatria no país e aluna de Carl Jung, um dos pais da psicanálise.

Por ter se envolvido na luta contra tratamentos abusivos, como eletrochoques e lobotomias, Nise foi “punida” e passou a trabalhar na área de terapia ocupacional, que era menosprezada pelos médicos. A médica viu uma oportunidade de repensar este tipo de terapia, passando a usar a arte como forma de tratamento, o que foi um marco no tratamento psiquiátrico oferecido no Brasil até aquele momento. Classificação: 12 anos.

4) Divertidamente (2015)

A celebrada animação da Pixar conta a história da pequena Riley, uma garotinha de 11 anos que passa por um momento conturbado em sua vida: a mudança de cidade e escola, além das transformações presentes na transição da infância para a pré-adolescência. 

O enredo se passa principalmente dentro da cabeça da menina, com a “atuação” de cinco emoções: Alegria, Tristeza, Medo, Raiva e Nojo. Ao longo da animação, a vida da jovem vai se transformando radicalmente, e suas emoções tentam retomar o controle da situação após uma grande confusão envolvendo a Tristeza e a Alegria. Classificação: Livre.

5) Preciosa – Uma História de Esperança (2009)

Preciosa é baseado no romance Push, de Sapphire, e conta a história de Claireece “Precious” Jones, com apenas 16 anos. A adolescente sofre abuso psicológico da mãe e também é abusada sexualmente pelo pai. Além disso, a jovem sofre também com discriminação, agressão, opressão e gordofobia no seu dia a dia.

Sem saber ler e nem escrever, Preciosa pensa em desistir de tudo, mas vê que pode haver uma chance de mudar de vida estudando em uma escola alternativa. Sob a orientação de sua nova professora, a Sra. Rain, a jovem começa o caminho da autodeterminação e superação. Classificação: 16 anos.

Ipefem
Fundado em 2019, o Instituto de Pesquisa de Estudos do Feminino e das Existências Múltiplas – Ipefem atua em três pilares, que podem acontecer coordenadamente ou individualmente: pesquisa, educação e terapia. Em Pesquisas, considera-se todas as modalidades técnicas de pesquisa que considerem recortes por gênero, orientação sexual e saúde mental. Em Educação, o instituto tem a Comunidade Ipê, uma plataforma de educação à distância, baseada em Lifelong Learning, dedicada a aulas expositivas e micro conteúdos de impacto. Em Terapia, o instituto já atendeu milhares de pessoas, oferecendo apoio terapêutico individual ou em grupo, podendo ser atendimentos gratuitos ou com valores simbólicos acessíveis. Saiba mais: https://ipefem.org.br/

Ana Tomazelli, psicanalista e CEO do Ipefem (Instituto de Pesquisas & Estudos do Feminino e das Existências Múltiplas), uma ONG de educação em saúde mental para mulheres no mercado de trabalho. Mentora de Carreiras, Executiva em Recursos Humanos, por mais de 20 anos, liderou reestruturações de RH dentro e fora do país. Com passagens pelas startups Scooto e B2Mamy, além de empresas tradicionais e consolidadas como UHG-Amil, Solera Holdings, KPMG e DASA (Diagnósticos da América S/A). Mestranda em Ciências da Religião pela PUC-SP e membro do grupo de pesquisa RELAPSO (Religião, Laço Social e Psicanálise) da Universidade de São Paulo, também é pós-graduada em Recursos Humanos pela FIA-USP e em Negócios pelo IBMEC-RJ. Formada em Jornalismo pela Laureate – Anhembi Morumbi.

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