Com letras que abordam temas como a violência contra mulherer, racismo e as desigualdades sociais, a rapper utiliza sua música como forma de protesto e empoderamento. Sua participação no Festival de Inverno de Garanhuns (FIG) representa um marco significativo em sua carreira, permitindo que sua mensagem alcance um público ainda maior.
“Pra mim foi muito uma experiência muito rica, que com certeza vai ficar para a história, porque foi um fura-bolha, tendo em vista que é mais comum somente grandes artistas estarem lá. Então os artistas periféricos, do rap e brega-funk acabam ficando fora desses grandes eventos. Contrariamos a estatística”, relarou Margot.
Para os artistas periféricos como Raiane Margot, o FIG representa uma rara oportunidade de serem ouvidos, reconhecidos e valorizados em um cenário onde suas vozes frequentemente são silenciadas, pensando nisso a artista convidou ao palco Okado do Canal, Afroh, Adelaide e Zoe Beats. “O FIG é um espaço de vitrine para nós perifépericos, então por isso eu quis levar outros artistas comigo, para que todos fossem reconhecem que a mais de um bonde que faz parte que anima os roles do Recife e que precisam ocupar esses espaços grandes”, finalizou.
No palco Pernambuco LO-FI do Festival de Inverno de Garanhuns, Margot provou que o rap é um gênero musical que pode ser uma poderosa ferramenta de mudança e representatividade, especialmente quando impulsionado pela força e autenticidade de artistas como ela.