Entre os dias 6 e 18 de novembro, na cidade de Sharm el-Sheikh, no Egito, acontece a 27ª Conferência do Clima da ONU (COP27), que reunirá líderes mundiais, membros de organizações ambientais e ativistas para debater medidas fundamentais para frear os danos causados pela crise climática no planeta. O Greenpeace Brasil estará presente na COP27, contribuindo ao debate para o combate à crise climática e contará com a presença de Carolina Pasquali, diretora-executiva; Luiza Lima, porta-voz de políticas públicas; além de de dois ativistas climáticos que, a convite da organização, estarão presentes na conferência: Marcelo Rocha, diretor executivo do Instituto AYÍKA, e Amanda Costa, fundadora do coletivo Perifa Sustentável.
Neste ano na COP, os principais itens a serem debatidos para o progresso do combate à crise climática são:
(i) o aumento da ambição e a implementação das metas de redução de emissão de gases de efeito estufa;
(ii) a criação de um mecanismo próprio de financiamento às perdas e danos climáticos;
(iii) a discussão de uma meta global de adaptação à mudança do clima;
(iv) o aumento dos compromissos dos países ricos de fornecer dinheiro para ação climática nos países e comunidades mais pobres.
No entanto, um conceito que deve estar muito presente em todas as negociações é o de Justiça Climática. De acordo com o Painel Intergovernamental das Mudanças Climáticas da Organização das Nações Unidas (IPCC), em países do Sul Global, que são regiões mais vulneráveis à crise climática, o número de mortes por secas e enchentes foi 15 vezes maior na última década do que nas regiões menos vulneráveis, considerando que são os povos dessas regiões os que menos contribuíram a esse cenário catastrófico.
Para a Daniela Costa, gerente de Clima e Justiça do Greenpeace Brasil, a presença da organização, na companhia dos ativistas climáticos, na Conferência do Clima no Egito é uma forma de somar à luta dos povos originários e das populações periféricas e vulneráveis que necessitam dos compromissos climáticos firmados por países e empresas nesta COP27: “É necessário garantir os caminhos para o fim da emissão global de gases de efeito estufa, mas também precisamos de mecanismos políticos e de financiamento para adaptação e perdas e danos voltados, principalmente, aos territórios mais vulnerabilizados à crise, afinal de contas, não existe solução para a crise climática que não passe pelo enfrentamento das desigualdades sociais”.