Quando falamos em Setembro amarelo, não podemos deixar de falar sobre a saúde mental das crianças. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) o índice de crianças entre 6 e 12 anos diagnosticadas com depressão subiu de 4,5% para 8%. A depressão infantil é uma realidade muito presente na vida das crianças, porém, é pouco discutida nos dias atuais.

Segundo o psicólogo e especialista em Terapia Cognitivo-Comportamental, Rodrigo Nery, muitas vezes a criança ainda está formando seu repertório de reconhecimento e de comunicação para falar de seus sentimentos, ela não consegue ter claro o que está sentindo e nem consegue exteriorizar adequadamente seus sentimentos.

“A apresentação dos sintomas depende muito da personalidade e maturidade da criança. Cada uma se comporta de maneira única. As diversas possibilidades de justificação dos comportamentos infantis, portanto, exigem dos pais atenção redobrada”, alertou o Nery.

O especialista explica que as crianças menores de quatro anos de idade não conseguem dar nome às emoções, por isso é importante observar alguns sinais como choro fácil, irritabilidade, perda de sono, terror noturno, falta de apetite, falta de vontade em fazer as coisas que gostava anteriormente, entre outros.

“Os sintomas da depressão infantil variam com a idade da criança e o seu diagnóstico nunca é fácil, sendo necessária uma avaliação detalhada. Com a procura de um profissional adequado ele poderá identificar padrões comportamentais que evidenciam o transtorno, também precisa entender a origem. Além disso, a melhor maneira de prevenir o desenvolvimento da depressão infantil é estar atento aos sinais que a criança demonstra”, explicou o psicólogo.