A música tomou conta do Grupo de Ajuda à Criança Carente com Câncer (GAC-PE), no Hospital Universitário Oswaldo Cruz, área central do Recife. O som vem dos leitos das enfermarias, onde crianças e adolescentes estão em tratamento oncológico. Para amenizar essa dura rotina, o serviço social da instituição desenvolveu a Oficina de Música. O projeto conta com profissionais de iniciação musical e acontece toda segunda e quinta-feira.

O principal objetivo da oficina é proporcionar alívio da ansiedade e do estresse para aqueles que estão em tratamento, além de oferecer um atendimento cada vez mais humanizado aos pacientes com câncer. “As crianças vão aprender sobre composição, recriação de sons e como tocar os mais variados instrumentos musicais. É uma atividade que vai além da música em si”, explica a coordenadora do serviço social do GAC-PE, Naila Pereira. “Música representa vida, alegria e também pode contribuir positivamente no tratamento”, acrescenta.  

Diagnosticado com osteossarcoma (tumor ósseo), o pequeno Ryel, de 8 anos, não se continha de alegria. “Em casa, eu tocava pandeiro com meu pai, a gente se divertia demais”, conta. “Essa oficina fez meu filho se sentir em casa, eu me diverti junto, tocando os instrumentos. No momento, o que essas crianças mais precisam é de empatia, amor e acolhimento”, afirma Rafael Ramos, pai de Ryel.

Ana Cláudia, psicóloga do GAC-PE, ressalta a importância da música para os pacientes. “Esse tipo de terapia é uma importante aliada no enfrentamento do câncer, pois contribui para o alívio da dor, da ansiedade e da fadiga. A musicoterapia também proporciona a melhora no humor e na interação social”, explica. “A música traz qualidade de vida para esses pacientes e também auxilia no processo de reabilitação”, conclui.