Liderar equipes é um aprendizado constante. Envolve preparação e acolhimento para realização de uma gestão de pessoas inclusiva. Segundo Kwami Alfama, CEO da Tereos Amido & Adoçantes Brasil e um dos poucos CEOs negros no Brasil, primeiro é preciso aprender a se autoliderar, se conhecer, desenvolver a inteligência emocional para facilitar e guiar a equipe. O executivo ainda destaca que liderar com a finalidade de controlar as pessoas e penalizá-las por erros, é algo que deve mudar no mercado de trabalho.
Para isso, ele dá 5 dicas para começar a promover o modelo de liderança inclusiva.
Confira:
- Guie o time e o ajude a equilibrar a vida pessoal e profissional
Eu já fui um líder que não dava espaço para a equipe. Hoje, dou e percebo que nunca fui tão feliz, porque aprendi que não podemos controlar as pessoas. A missão da liderança é guiar e ajudar as pessoas a equilibrar a vida pessoal e profissional. O modelo de líder “chefe” apenas contribui para que a equipe trabalhe sob o medo e não consiga mostrar a sua criatividade e inovação.
- Construa espaços de segurança
Para ser um líder eficaz, é preciso criar um espaço de segurança e de diversidade a fim que as pessoas possam ser plenas no ambiente de trabalho. Isto quer dizer, dar espaço para que elas consigam mostrar o seu potencial e consigam ser elas mesmas. Se uma liderança não faz isso, ele precisa rever seus conceitos.
- Crie uma cultura de não penalização pelos erros
Muitos aprendizados profissionais podem vir do erro e não só dos acertos. Promover o acolhimento dos erros é tão importante quanto os acertos. Não é uma tarefa que se realiza rápido, por ter que mexer em crenças culturais da empresa, sociais ou de grande parte dos líderes. Porém, é preciso começar e naturalizar o erro como uma forma de aprendizado para entender que nenhuma pessoa é perfeita.
- Alinhe discurso com a prática
Uma das frases muito usadas no mundo corporativo é o Walk the Talk, algo como “o que você diz, você tem que fazer”, em tradução livre. De fato, é muito importante que as lideranças façam discursos de respeito e inclusão na equipe, porém não faz sentido elas falarem apenas e não colocarem tudo em prática. É preciso alinhar discursos e práticas para promover mudanças e inspirar as próximas lideranças.
- Tenha atitude para ações de diversidade e inclusão na equipe e empresa
Nada nos impede de construir e apoiar ações de Diversidade, Equidade e Inclusão nas organizações. Hoje, é perceptível que quando há o engajamento da liderança para a construção de ambientes mais plurais, esse processo torna a trajetória mais rápida e eficaz. É preciso, como liderança, ter atitude e ações afirmativas, principalmente para processos seletivos. Por exemplo, gestores têm autonomia para abertura de vagas afirmativas, o que é um ação essencial e não precisa partir apenas da área de Recursos Humanos (RH).