As badaladas do sino ganharam um significado especial para os pacientes do Grupo de Ajuda à Criança Carente com Câncer (GAC-PE), em Santo Amaro, no Recife. O “Sino da Conquista” é tocado toda vez que uma criança finaliza as sessões de quimioterapia e radioterapia, considerada a fase mais agressiva do tratamento oncológico.
Na manhã da última quarta-feira (12), Dayvison Riquelme, de 11 anos, tocou o sino e comemorou mais um passo importante rumo à cura do câncer. Aos 6 anos de idade, Dayvison, natural de João Pessoa, começou a ter sinais de fraqueza, desmaio e alguns caroços no pescoço. Após avaliação médica, ele foi encaminhado para o Centro De OncoHematologia Pediátrica de Pernambuco (CEONHPE), sendo diagnosticado com Leucemia Linfoide Aguda (LLA).
Rosana Ferreira, mãe de Dayvison, acompanhou de perto todo o ciclo de tratamento e se emocionou ao ver o filho tocar o Sino da Conquista. “Ver o meu filho tocar o sino foi a maior vitória que eu tive na minha vida. Esse momento tá sendo maravilhoso, eu agradeço a todos que fizeram o tratamento dele”, afirma. Apaixonado por futebol e torcedor fanático do Sport Club do Recife, Dayvison já faz planos para o futuro. “Meu sonho é ser jogador e um dia quero jogar no Sport, que é meu time de coração”, conta.
Agora, o pequeno segue o acompanhamento médico com consultas eletivas e exames, sem uso de medicações agressivas. Para a presidente do GAC-PE, a oncologista e pediatra Vera Morais, ações como a do Sino da Conquista fazem toda a diferença. “Por mais simples que pareça, essa ação significa muito para os pacientes. O barulho do sino representa um recomeço para quem sai da quimioterapia e serve de motivação para quem está iniciando o tratamento contra o câncer”, explica.
Sobre o Sino da Conquista:
É por meio do equipamento, instalado no Centro de OncoHematologia Pediátrica do Hospital Universitário Oswaldo Cruz (HUOC), no bairro de Santo Amaro, que os pacientes podem anunciar o fim do tratamento oncológico. O Sino da Conquista é inspirado em modelos internacionais e posto em prática pelo GAC-PE desde julho de 2019. O objetivo é reforçar que o câncer pode ter cura e motivar os pacientes em tratamento contra a doença. Além disso, comemorar as dificuldades vencidas.