Especialista em estratégia de carreira comenta sobre a habilidade de orientação a serviços alinhados com os 17 desafios e as 169 metas da Agenda 2030 da ONU
As empresas têm papel vital na construção social e como influencia seus colaboradores neste processo. Dentro dos chamados Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) estabelecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU) os profissionais e empresas também podem fazer a diferença. Para Rebeca Toyama, especialista em estratégias de carreira, as 169 metas podem ser articulada com o mundo profissional de alguma forma.
Uma das habilidades citadas no relatório ‘Futuro do Trabalho’, que traz esse tema à tona, é a Orientação para Serviços que é definida pelo Fórum Econômico Mundial como uma busca ativa por maneiras de ajudar os outros, fazendo com que se sintam bem atendidos e bem-vindos.
De acordo com a especialista, essa habilidade é considerada uma das mais importantes no cenário atual, pois nos convida a refletir sobre o ato de servir e olhar para as relações que fazem parte do universo do trabalho independente da área relacionada.
“Segundo a ONU, precisamos começar a atuar de forma colaborativa para mudar o mundo. Então, entendo que vivemos em um momento que as relações estão mudando, e o ser humano volta a ser um fator fundamental na construção de um Futuro Sustentável. E que só será possível se encontrarmos formas de suprir as necessidades da geração atual, sem comprometer a capacidade de atender as necessidades das futuras gerações”, comenta Rebeca Toyama, especialista em estratégia de carreira.
Vale lembrar que esse é o compromisso da Organização das Nações Unidas (ONU) quando foram definidos os 17 principais desafios – Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) – e as 169 metas a serem atingidas até 2030.
E como colaborar com esse mundo?
Segundo, Rebeca Toyama, as empresas são peças-chave ao transformar os desafios em oportunidades de negócio, pois de acordo com o Pacto Global, as empresas possuem grande potencial de transformação da sociedade. São dois os pontos que reforçam esse papel:
1- Dos 200 maiores PIBs do mundo, 157 são empresas;
2- As organizações têm potencial para influenciar o público interno e externo.
Então, dessa forma, para que os ODS sejam alcançados, o setor privado desempenha um papel primordial, seja no alinhamento de suas atividades à agenda global de sustentabilidade ou pelo poder de influenciar seus públicos e, com isso, contribuir para direcionar comportamentos.
“O alinhamento dos negócios aos ODS hoje é uma questão de sobrevivência. Quem não está fazendo isso, coloca em risco a sustentabilidade da sua operação e provavelmente deve estar mais preocupado em ser visto do que servir, deixando de lado a habilidade de orientação a serviços, destacada pelo Fórum Econômico Mundial”, finaliza a especialista.
Negócios precisam ser criados para resolver um problema real no mundo
Já para quem está começando a empreender, a sugestão da especialista Rebeca Toyama, é estruturar a iniciativa tendo os ODS como referencial. Mas para quem já empreende, talvez seja o momento de rever processos, relações e buscar contribuir com algo positivo para sociedade e meio ambiente.
Por isso, a Comissão de Desenvolvimento Sustentável e Empresarial faz seis recomendações fundamentais aos líderes:
- Desenvolver apoio para os ODS como a estratégia de crescimento correta nas suas empresas e em toda a comunidade empresarial;
- Recuperar a confiança da sociedade e garantir a licença de operação através do trabalho com os governos, consumidores, os trabalhadores e a sociedade civil a fim de alcançar todas as Metas Globais;
- Integrar os ODS na estratégia da empresa;
- Promover a transformação em mercados sustentáveis com pares do setor;
- Defender um sistema financeiro orientado para o investimento sustentável a longo prazo;
- Colaborar com os formuladores de políticas públicas no pagamento do custo real dos recursos humanos e naturais.
E diante das dicas da Comissão de Desenvolvimento Sustentável e Empresarial, Rebeca Toyama, formulou 3 valiosas dicas para auxiliar os profissionais, empresas e empreendedores a se tornarem peças fundamentais nessa mudança mundial.
1- Aos profissionais: encontrem caminhos para realizar seu propósito no mundo contribuindo com uma ou mais meta da Agenda 2030;
2- Aos empreendedores: procurem desenvolver produtos e serviços que solucionem problemas reais apontados pelos ODS;
3- Aos líderes: mostrem aos colaboradores com quais metas sua empresa contribui, isso ajuda a dar mais relevância às esquipe e mais sentido ao trabalho.
Sobre Rebeca Toyama
Rebeca Toyama é fundadora da ACI que tem como missão desenvolver competências dentro e fora das organizações para um futuro sustentável. Especialista em educação corporativa, carreira e bem-estar financeiro. Possui formações em administração, marketing e tecnologia. Especialista e mestranda em psicologia. Atua há 20 anos como coach, mentora, palestrante, empreendedora e professora. Colaboradora do livro Tratado de psicologia transpessoal: perspectivas atuais em psicologia: Volume 2; Coaching Aceleração de Resultados e Coaching para Executivos. Integra o corpo docente da pós-graduação da ALUBRAT (Associação Luso-Brasileira de Transpessoal), da Universidade Fenabrave e do Instituto Filantropia.