O investimento em digitalização é a proposta para recuperação a curto e longo prazo desses negócios
A relação da tecnologia com o marketing digital e a criatividade pode ser uma saída para diversas médias e pequenas empresas que buscam na digitalização uma melhor performance e resultado. De acordo com Mapa de Digitalização das Micro e Pequenas Empresas Brasileiras, estudo realizado pela Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e a Fundação Getúlio Vargas (FGV), somente 3% das Pequenas e Médias empresas (PME’s) são líderes digitais, sendo 66% utilizadoras de recursos analógicos e emergentes.
Para mudar essa estatística, em um período pós-pandêmico, é fundamental que a transformação digital seja realidade. Com essa proposta, muitas empresas de marketing digital vem investindo forte no setor.
De acordo com Anselmo Albuquerque, da Jogga Digital, antes a necessidade de digitalização já era fundamental para sustentação e longevidade do negócio e, com a pandemia, se tornou questão de sobrevivência. “Muitos desses negócios sobreviveram apenas pela receita vinda do meio digital durante os lockdowns nas cidades, outros não tiveram essa oportunidade e fecharam as portas. A digitalização é fundamental para que as empresas continuem vivas e ativas”.
Segundo Albuquerque, as mídias sociais são importantes impulsionadoras desses negócios no que se diz respeito a transformação e performance digital, já que antes das redes sociais era caro para os PME’s investir nesse meio, já que a mídia tradicional era mais inviável financeiramente e restrito a grandes empresas. “Por exemplo, as empresas mostram seus produtos e/ou serviços no Facebook e Instagram, buscando atrair clientes que os comprem. Porém, os algoritmos agem de uma forma, que o alcance das publicações são mínimos, então precisa investir dinheiro para que conteúdo seja impulsiona-lo. É ai que entra o xadrez da estratégia digital: gerar negócios, gerar faturamento, gerar novos clientes, usar estratégias específicas para vender através das redes sociais”.
Na busca por resultados a curto ou longo prazo, a estratégia, para Anselmo, é observar o tempo digital de cada negócio, considerando variáveis como conhecimento da marca, segmento que ela atua, tipo de produto ou serviço que ela vende. “Por isso, quem aparece primeiro na busca do Google, tem maior probabilidade de atender o serviço. Cada negócio tem seu tempo de maturidade no ambiente digital, nosso desafio na Jogga, por exemplo, é encurtar ao máximo, gerando um bom retorno sobre o investimento que a empresa fez”.
Na realidade atual, Anselmo explica que a digitalização é necessária para que o pequeno mercadinho, por exemplo, seja competitivo de igual para igual com o grande supermercado. “A pandemia não trouxe só a transformação digital para as empresas, ela também impactou diretamente os consumidores, que passaram a ter rotinas de compras por canais digitais que não tinham tão aguçados antes. Um grande exemplo disso são os aplicativos de delivery ou no WhatsApp, que leva o produto até o consumidor”, pontuou.