A Avenida Conde da Boa Vista, um dos principais corredores viários do Recife, é o endereço do primeiro megamural da cidade dedicado à primeira infância. O projeto executado Agência Recife para Inovação e Estratégia (ARIES) com financiamento da Fundação Bernard van Leer teve a Prefeitura como parceira e está dentro da iniciativa Urban95 de realizar intervenções urbanas que promovam a mudança de comportamento, interações parentais positivas e hábitos saudáveis na primeira infância.

O megamural foi concebido e executado pelo artista plástico Manoel Quitério. Foram quatro semanas até a conclusão nesta quarta-feira, 15. A obra tem 42m de altura e 10 de largura. “A ideia é que além de trazer mais vida para a região a arte lembre a pertinência destes períodos tão importantes que são a maternidade e a infância” destacou o gestor do projeto Primeiro a Infância, Pedro Mazzarolo.  

Para o autor da obra, “a arte exalta as forças da maternidade em sua representação maior, a natureza e a ancestralidade. Evoca os saberes das grandes mães, a babosa e demais plantas medicinais das avós que criaram e fortaleceram as comunidades pernambucanas”. De acordo com Quitério, “a obra pretende reavivar na memória afetiva as raízes das pessoas que circulam na Conde da Boa Vista. No fundo, as comunidades formadas por esses valores. Essa pintura se propõe a acessar o centro das atuais questões ambientais e identitárias de nossa nação, ao reforçar a importância da maternidade como expressão da vida e da harmonia com o todo”, reforçou.

Projeto
O megamural da Avenida Conde da Boa Vista é a mais recente iniciativa do Projeto Primeiro a Infância, após a entrega de três praças para a primeira infância (duas na Iputinga e uma no Compaz Eduardo Campos, no Alto Santa Terezinha) feitas através de um processo participativo de intervenção. O projeto também realizou diversas ações com as mães, cuidadores, famílias e crianças das duas comunidades.
O Projeto Primeiro a Infância faz parte da Urban95, uma iniciativa internacional da Fundação Bernard van Leer que visa incluir a perspectiva de bebês, crianças pequenas e seus cuidadores no planejamento urbano, nas estratégias de mobilidade e nos programas e serviços destinados a eles.