Conhecida como “Fevereiro Roxo”, essa campanha é realizada para conscientizar e incentivar a população sobre a importância do diagnóstico precoce das doenças Alzheimer e Fibromialgia. O objetivo é permitir que os pacientes tenham mais qualidade de vida mesmo convivendo com alguma dessas condições. Quanto mais rápido for realizado o exame e diagnosticado e tão logo se inicie o tratamento, maiores são as chances de desfecho favorável para o paciente.
Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), aproximadamente 2 milhões de pessoas têm demências das quais cerca de 40% a 60% delas são do tipo doença de Alzheimer. Essa é uma condição neurodegenerativa em que existe lento e progressivo comprometimento cognitivo-comportamental. De acordo com o neurologista do Real Neuro, Kleiton Borges, os principais sintomas são a perda de memória para acontecimentos recentes, desorientação temporal e espacial e dificuldade na linguagem.
“A adoção de hábitos de vida saudáveis é fundamental para prevenção desta condição degenerativa, desde faixas etárias mais jovens. Além disso, é fundamental o controle dos fatores de risco cardiovasculares como diabetes, hipertensão arterial, obesidade e cessar o tabagismo. Além disso, cuidar da saúde mental estabelecendo relações sociais saudáveis e estimular atividades que “desafiem a mente” são algumas orientações”, alerta, acrescentando que essas medidas importantes ajudam a criar o que chamamos de reserva cognitiva, fundamental para reduzir o impacto que esta doença determina sobre o paciente.
Sobre o tratamento, é indicado medicações sintomáticas direcionadas para memória, alterações comportamentais e distúrbios do sono que deve ser aliado à prática de exercícios físicos e higiene do sono. Não existe ainda um tratamento curativo. O atendimento através de equipe multidisciplinar é fundamental na reabilitação.
Já a Fibromialgia é uma doença que se manifesta com dor no corpo todo, principalmente na musculatura. Junto com a dor, a doença desencadeia sintomas de cansaço, sono não reparador, além de alterações de memória e atenção, ansiedade, depressão e distúrbios intestinais. Ainda de acordo com Dr. Kleiton, esses sintomas são bastante comuns, visto em pelo menos 5% dos pacientes que vão ao consultório.
De cada dez pacientes com fibromialgia, sete a nove são mulheres com idade de aparecimento geralmente entre os 30 e 60 anos. Porém, existem casos em pessoas mais velhas e em crianças e adolescentes. “A causa específica da doença é desconhecida no momento. Sabe-se, porém, que os níveis de serotonina são mais baixos nestes pacientes e que desequilíbrios hormonais, tensão e estresse podem estar envolvidos em seu aparecimento”, explica.
O diagnóstico da fibromialgia é clínico e os exames complementares são feitos mais no intuito de descartar outras condições que podem provocar sintomas semelhantes. O tratamento da enfermidade exige cuidados multidisciplinares. No entanto, têm-se mostrado eficaz para o controle da doença o uso de analgésicos e anti-inflamatórios associados a antidepressivos, exercícios físicos regulares, acompanhamento psicológico e emocional, além de massagens e acupuntura.
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