CineBH mostrou o cinema para o mundo em programação abrangente, intensa e gratuita. Evento digital possibilitou ampliar o alcance da ação cultural. Sessões de cinema, programa de formação, debates, rodas de conversa, reuniões de negócios e performances ao vivo marcaram a 14a edição do evento.

A 14ª CineBH – Mostra Internacional de Cinema de Belo Horizonte e o 11º Brasil CineMundi – International Coproduction Meeting terminam nesta segunda-feira, dia 02 de novembro, com resultados e alcance positivos. Em cinco dias de programação intensa e gratuita, em formato digital, o mais indicado e seguro para o cenário atual de pandemia do Covid-19 no Brasil, o evento registrou alcance de mais de 1,5 milhão nas redes sociais do evento e mais de 50 mil acessos no site www.cinebh.com.br, vindos de 17 países.

Foram exibidos 54 filmes nacionais e internacionais em pré-estreias e mostras temáticas. O evento realizou o Programa de Formação que contou três Laboratórios de Roteiro e uma oficina que certificaram 105 alunos e, ainda com 66 profissionais no centro de 20 debates, rodas de conversa, masterclasses internacionais que estão disponíveis no Canal do Youtube da Universo Produção o que amplia as possibilidades de acesso e benefício da ação cultural – a principal vantagem de se realizar o evento no formato online.

11º Brasil CineMundi promoveu 228 encontros de coprodução e contou, além de convidados brasileiros, com 30 profissionais da indústria audiovisual de 17 países para conhecer, prestar consultorias e participar de encontros com os 23 projetos de longas brasileiros selecionados para esta edição.

“Realizar este empreendimento cultural ousado e inovador neste cenário de transições e transformações representa compromisso, responsabilidades e ações compartilhadas em que a vontade, a persistência e a determinação são ingredientes que ampliam as possibilidades de seguir acreditando na potência da nossa cultura”, destaca a coordenadora geral da CineOP e diretora da Universo Produção, Raquel Hallak.

Em 2020, a CineBH foi norteada pela temática “Arte viva: Redes em expansão”e gerou uma reflexão sobre o cenário, histórico e inédito, em que todo tipo de criação artística passou a ser transmitido no formato audiovisual. Sob curadoria dos críticos e pesquisadores Pedro Butcher, Francis Vogner dos Reis e Marcelo Miranda, a temática buscou refletir sobre as relações entre arte e audiovisual, criadas a partir da emergência da pandemia. Para enriquecer a discussão, a Mostra contou com a colaboração especial da crítica e pesquisadora de artes cênicas Daniele Ávila Small, editora do site “Questão de Crítica”, que trouxe, para a Mostra Temática, um conjunto de trabalhos que ganharam novas configurações a partir da necessidade de se utilizar o audiovisual como meio de expressão.

O destaque da 14a CineBH foi o Pandêmica Coletivo Temporário de Criação, formado, ainda em março, por artistas de várias regiões do Brasil, de diferentes gerações e lugares sociais. Conduzido por Juracy de Oliveira, ator e diretor cearense radicado no Rio de Janeiro, o grupo tem se dedicado à pesquisa em criações remotas transmitidas pelo Zoom.

O diretor Juracy de Oliveira ressalta a importância do destaque recebido pelo Pandêmica na 14a CineBH. “Creio que estamos conseguindo entender a importância da união e do coletivo. Essa experiência alterou a minha visão, principalmente, sobre o nosso ofício e sobre tudo relacionado a ele, seja no cinema, na tv ou no teatro. Temos uma importância singular pra esse país, nós, os artistas”.

EVENTO GEROU EMPREGOS E MOVIMENTOU A ECONOMIA

Para a realização da 14a CineBH, em ambiente digital, a Universo Produção, responsável pela idealização e realização do evento, montou uma infraestrutura especial para dar suporte ao evento na Casa da Mostra, localizada no Bairro Serra. Foram contratadas 61 empresas que atuaram na prestação de serviço para o evento. Estima-se que foram gerados mais de 600 empregos diretos e indiretos, mostrando que a cultura é bom negócio. 42 profissionais integraram a equipe de trabalho nas etapas de pré-produção e produção.

O evento atendeu a solicitação de credenciamento de 16 veículos de imprensa, representados por 16 profissionais de comunicação que fizeram a cobertura jornalística diária da CineBH. Além disto, a equipe comunicação da Mostra alimentou o site cinebh.com.br e as redes sociais com conteúdos diários – notícias e registros de vídeos e fotografias – que estão disponibilizados para consulta e acompanhamento de tudo que aconteceu na mostra de cinema de Belo Horizonte e no evento de mercado do audiovisual brasileiro.

Mais uma vez, a CineBH se apresenta como um importante empreendimento cultural que integra a indústria do entretenimento e da economia criativa, a que mais cresce no mundo. E que se revelou ainda mais essencial neste momento em que o afastamento social é de extrema importância para garantir a saúde da população, devido a pandemia de Covid-19.

FILMES,  DEBATES E EXPERIMENTOS MOVIMENTARAM AS REDES E A PROGRAMAÇÃO DO EVENTO

Em 2020, ao longo de cinco dias de evento, a CineBH promoveu a exibição de 54 produções(14 longas, 4 médias e 35 curtas), de 12 estados brasileiros (AL, BA, CE, ES, GO, MA, MG, PE, PR, RJ, RS e SP) e 12 países (Alemanha, Argentina, Bolívia, Burkina Faso, Brasil, França, Guiné-Bissau, Haiti, México, Portugal, Reino Unido, Rússia). A seleção fílmica se dividiu em oito mostras temáticas: Contemporânea Brasil, Contemporânea Internacional, Arte Viva, Welket Bungué, Diálogos Históricos, Mostrinha, Cine Expressão e A Cidade em Movimento.

Na Mostra Contemporânea Brasil, a CineBH exibiu 11 filmes. De diferentes gerações de cineastas, os longa-metragens “Luz nos Trópicos”, de Paula Gaitán; “O Cemitério das Almas Perdidas”, de Rodrigo Aragão; “Rodson, ou Onde o Sol não tem Dó”, de Cleyton Xavier, Clara Chroma e Orlok Sombra; “Rua Guaicurus”, de João Borges; “Entre Nós, um Segredo”, de Beatriz Seigner e Toumani Kouyaté e “Terminal Praia Grande”, de Mavi Simão. E cinco curtas-metragens, com trabalhos provocativos de várias situações vivenciadas ou sentidas ao longo de 2020: “Do Pó ao Pó”, de Beatriz Saldanha; “Eu Sou a Destruição”, de Eduardo Camargo; “5 Estrelas”, de Fernando Sanches; “Extratos”, de Sinai Sganzerla; e “Corpo Monumento”, de Alexandre Salomão.

Mostra Contemporânea Internacional, concentrou o recorte em trabalhos que dialogaram com a temática central proposta. A ideia de um cinema impuro, expandido, que trabalha com o hibridismo e a incorporação de linguagens de outras artes foi expressa em quatro longas-metragens: no francês “Meus Queridos Espiões”, de Vladimir Léon; no boliviano “Nós, os Bárbaros”, de Juan Álvarez; na coprodução França e Haiti “Ouvertures”, do coletivo The Living and The Dead; e no argentino “Isabella”, de Matias Piñeyro.

Mostra Diálogos Históricos, realizada em 2020 em parceria com o Goethe-Institute, apresentoutrês momentos distintos e significativos da produção alemã, de longa e rica tradição de obras e artistas dispostos à experimentação: “Kuhle Wampe ou Quem é o Dono do Mundo?”(1932), de Slatan Dudow e roteiro do dramaturgo Bertold Brecht, com comentários de Eugênio Lima; “Não Reconciliados, ou Só a Violência Ajuda onde a Violência Reina” (1965), de Jean-Marie Straub e Danièle Huillet, com a convidada Dalila Camargo Martins; e “Viver na RFA” (1990), de Harun Farocki, comentado por Hermano Callou.

Mostra Welket Bungué selecionou curtas-metragens desse artista singular, dos mais diferentes estilos e formatos, exemplos de uma obra audiovisual em que realização e performance se tornam aspectos indissociáveis. Bungué nasceu em Guiné-Bissau e já morou em Portugal, no Brasil (onde fez uma pós-graduação em performance na Uni-Rio, entre 2012 e 2013) e na Alemanha, com passagens por Cabo Verde e outros países. Os filmes exibidos mostraram sua capacidade múltipla e dialogaram com a proposta temática deste ano de dar visibilidade para trabalhos que buscam nas ferramentas da linguagem audiovisual uma potencialização da performance e do “ao vivo”.

Na Mostra A Cidade em Movimento, composta por trabalhos realizados em bairros e comunidades de Belo Horizonte e região metropolitana, a curadora Paula Kimo convidou o público para refletir sobre a relação entre a cidade e o sonho, a partir do dialogo sobre a vivência urbana diante de contextos sociais, sob o impacto do distanciamento social imposto pela pandemia de Covid-19. Os 16 filmes foram divididos em quatro sessões, com os temas “Pandemia criativa”, “Corpos dissidentes”, “O teatro em cena” e “A paz é branca ou a resistência tem cor”. As conexões entre os filmes e a temática foram expandidos nas Rodas de Conversa com a participação dos cineastas e convidados, transmitidas pelo site cinebh.com.br.

A 14a CineBH promoveu ainda a exibição de Experimentos ao Vivo, com duas performances do Pandêmica Coletivo Temporário de Criação, que ficaram disponíveis no site www.cinebh.com.br, por 48 horas após a transmissão: “12 Pessoas com Raiva” – onde um grupo de jurados precisa discutir se condena ou absolve um jovem de uma controversa acusação de assassinato; e “Museu dos Meninos – Arqueologias do Futuro”, versão exclusiva elaborada pelo diretor e performer Maurício Lima para o evento, que reflete sobre o impacto da violência nas periferias, agravado pelos efeitos da pandemia.

Além de filmes, a 14a CineBH realizou 20 debates, sobre temas relevantes sobre a atual produção audiovisual brasileira e o mercado cinematográfico internacional, com a participação de 66 convidados – profissionais profissionais do audiovisual, acadêmicos, críticos de cinema, pesquisadores e especialistas.

PROGRAMAÇÃO PARA TODA FAMÍLIA 

A Mostra de Cinema de Belo Horizonte tem, entre seus pilares, a formação de novos públicos, a fim de estimular a presença e a paixão pela sétima arte em espectadores de todas as idades. Em 2020, na Mostrinha foram exibidos dois filmes: “Para’í”, dirigido por Vinicius Toro e “Dentro da Caixinha”, do diretor Guilherme Reis.

Já o Cine Expressão, programa que une as linguagens cinema e educação, voltado para estudantes e educadores da rede de ensino, selecionou para alunos a partir de 5 anos de idade, educadores e familiares, sete filmes – “Renascida das Águas”, “Tem um monstro na loja”, “Antes que vire pó”, “Dilúvio”, “Trincheira”, “Torcida Única” e “Meu Nome é Daniel” eum Cine-Debate, gravado com o diretor Daniel Gonçalves. As produções ficam disponíveis até 06 de novembro no site www.cinebh.com.br possibilitando que as famílias e os professores tenham mais tempo para assistir os títulos com os estudantes.

BRASIL CINEMUNDI

Em 2020, o Brasil CineMundi – International Coprodution Meeting chega a sua 11a edição, consolidado como ambiente de mercado e plataforma de rede de contatos e negócios para o cinema brasileiro em intercâmbio com o mundo. Ao longo de mais de uma década, o Brasil CineMundi registrou resultados expressivos que favorecem a formação, o trabalho, a articulação de profissionais e a inserção do cinema brasileiro no mercado mundial.

Este ano, foram selecionados 23 projetos de longa-metragem em três categorias: em fase de Desenvolvimento (10 projetos – seis projetos de ficção e quatro de documentário); em Produção (7 projetos – três projetos de ficção, três documentários e um doc-ficção em work in progress) e em Finalização (6 projetos – dois projetos de ficção e quatro documentários).Os projetos representaram dez estados brasileiros: Alagoas (1), Bahia (1), Espírito Santo (2), Goiás (1), Mato Grosso (1), Minas Gerais (6), Pernambuco (3), Rio de Janeiro (2), Rio Grande do Sul (2) e São Paulo (4).

O 11oBrasil CineMundi contou com a participação de 30 convidados, representando a indústria audiovisual, vindos de 14 países: Alemanha, Argentina, Áustria, Brasil, Canadá, Chile, Cuba, Espanha, França, Itália, México, Portugal, Suíça e Uruguai. São produtores, distribuidores, curadores, agentes de venda, representantes de fundos de investimento audiovisual e representantes de festivais que estiveram em contato direto com realizadores brasileiros e seus projetos de futuros filmes. No total, foram realizadas 222 encontros de coprodução e 23 consultorias.

Em sua 11a edição, o Brasil CineMundi fortaleceu conexões e promoveu novas iniciativas que visam ampliar a participação de projetos brasileiros em eventos de mercado internacional, por meio de parcerias e intercâmbio. Renovou o Termo de Cooperação com o Projeto Paradiso (Brasil) e com seis eventos de mercado internacionais – Ventana Sur (Buenos Aires, Argentina), MAFF – Málaga Festival Fund & Co-production Event (Espanha), BioBioCine (Chile), Conecta (Chile), DocMontevideo (Uruguai) e DocSP (Brasil) e conquistou mais duas importantes parcerias internacionais para esta edição – World Cinema Fund (Alemanha) e Nuevas Mirads (Cuba), assegurando, desta forma, a participação de produtores e projetos brasileiros nessas realizações.

PROGRAMA DE FORMAÇÃO AUDIOVISUAL

O Programa de Formação Audiovisual da 14ª CineBHe do 11o Brasil CineMundi promoveu uma oficina e quatro laboratórios de criação de roteiros, contribuindo assim para a formação de mão de obra e capacitação de profissionais ligados ao universo audiovisual, com a certificação de 105 alunos.

Foi realizada a Oficina Análise de Estilos Cinematográficos, ministrada pelo crítico, programador e professor Victor Guimarães (MG), que selecionará cinco jovens universitários para integrar o Júri Jovem da 24ª Mostra de Cinema de Tiradentes (janeiro/2021), que elegerá o melhor longa-metragem da Mostra Olhos Livres.

O Laboratório de Roteiro de Ficção e Documentário, foi ministrado pelo roteirista Di Moretti (SP); o Laboratório de Roteiro para Animação, teve como responsável a diretora, roteirista, storyboarder e animadora Rosana Urbes e o Laboratório de Roteiro de Séries de Ficção, foi ministrado pelo roteirista, diretor e editor Aurélio Aragão.

As atividades, realizadas no âmbito do Cinema sem Fronteiras 2020, têm por objetivo contribuir para formação, capacitação, qualificação de profissionais – questão vital para o crescimento da indústria audiovisual no Brasil e, ao mesmo tempo, estimular a formação de novos talentos, oportunizar o encontro e o intercâmbio de ideias e conhecimento.

O EVENTO EM NÚMEROS 

17 PAÍSES MARCAM PRESENÇA NO EVENTO

Alemanha, Argentina, Áustria, Brasil, Canadá, Chile, Cuba, Espanha, EUA, França, Itália, Holanda, México, Noruega, Portugal, Suíça e Uruguai

CINCO DIAS DE EVENTO

PROGRAMAÇÃO GRATUITA 

54 FILMES DE 12 PAÍSES

66 PROFISSIONAIS NO CENTRO DE 20 DEBATES, PAINÉIS, RODAS DE CONVERSA E ESTUDO DE CASO

3 MASTERCLASSES INTERNACIONAIS

3 LABORATÓRIOS DE ROTEIRO

1 OFICINA

31 CONVIDADOS INTERNACIONAIS NO CENTRO DOS 228 ENCONTROS DE COPRODUÇÃO

4 SESSÕES CINE-ESCOLA

MOSTRINHA DE CINEMA

ATRAÇÕES ARTÍSTICAS

ATENÇÃO:

Como o formato do evento é digital, convidamos você para seguir a Universo Produção/CineBH/Brasil CineMundi nas redes sociais para ficar por dentro de tudo o que vai acontecer nos bastidores da CineBH e Brasil CineMundi, acompanhar a evolução e notícias dos eventos e receber conteúdos exclusivos. Canais e endereços:

Acompanhe o programa Cinema Sem Fronteiras 2020

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Na Web: www.brasilcinemundi.com.br / www.cinebh.com.br / www.universoproducao.com.br

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Informações pelo telefone: (31) 3282-2366

SERVIÇO

14ª CINEBH – MOSTRA INTERNACIONAL DE CINEMA DE BELO HORIZONTE 

BRASIL CINEMUNDI – 11th INTERNATIONAL COPRODUCTION MEETING 

29 de outubro a 2 de novembro de 2020

LEI FEDERAL DE INCENTIVO À CULTURA

PATROCÍNIO: COPASA, CEMIG |GOVERNO DE MINAS GERAIS 

PARCERIA CULTURAL: SESC EM MINAS, GOETHE-INSTITUT, INSTITUTO UNIVERSO CULTURAL E CASA DA MOSTRA

PARCEIROS BRASIL CINEMUNDI: EMBAIXADA DA FRANÇA NO BRASIL, INSTITUTO FRANCÊS BRASIL PARA O ESTADO DE MINAS GERAIS DOT, MISTIKA, PARATI FILMS, CTAV E ATELIÊ BUCARESTE

COOPERAÇÃO BRASIL CINEMUNDI:WORLD CINEMA FUND (Alemanha), NUEVAS MIRADAS – EICTV (Cuba), BIOBIOCINE(Chile), CONECTA – CHILE DOC (Chile), MAFF Espanha), DOCSP (Brasil), DOCMONTEVIDEO (Uruguai), VENTANA SUR (Argentina), INSTITUTO OLGA RABINOVICH / PROJETO PARADISO (Brasil)

APOIO: INSTITUTO UNIVERSO CULTURAL E CAFÉ 3 CORAÇÕES.

IDEALIZAÇÃO E REALIZAÇÃO:UNIVERSO PRODUÇÃO

SECRETARIA ESPECIAL DE CULTURA | MINISTÉRIO DO TURISMO | GOVERNO FEDERAL