Em tempos da pandemia do novo coronavírus, especialistas alertam que a cirurgia bariátrica é considerada essencial para a saúde de pacientes obesos e clinicamente graves que apresentam comorbidades importantes como diabetes tipo 2 com indicação cirúrgica e hipertensão. E atestam que o retardo ou adiamento dessa cirurgia, sobretudo para esses casos citados, pode resultar em aumento da morbimortalidade, tal como documentado em diferentes países, diminuindo as chances de sucesso no tratamento. A obesidade é uma doença crônica que afeta um número elevado de pessoas no Planeta e, no momento atual, ganha cada vez mais destaque à medida que a Covid-19 avança no mundo ocidental, aumentando também o risco de mortalidade em jovens obesos que venham a contrair a doença.

Dados de uma pesquisa do NHS (o serviço de saúde inglês) revelam que mais de 70% dos pacientes que estão nas UTIs por Covid-19  têm excesso de peso e, desses, quase 40% tem menos de 60 anos. Os estudos mostram ainda que devido as taxas extremamente altas de obesidade em todo mundo, uma alta porcentagem da população que contrairá o coronavírus deverá coincidir com a de pessoas que têm o IMC acima de 25. A pesquisa foi publicada pela Revista Veja.

De acordo com o cirurgião bariátrico Walter França,  a obesidade é fator de risco para uma série de doenças: “o obeso é mais propenso a desenvolver hipertensão, problemas cardiovasculares, diabetes tipo 2 e outros problemas físicos como artrose, cansaço, refluxo esofágico, tumores de intestino e de vesícula, entre outros, e a prevenção contra a obesidade  passa pela conscientização sobre a importância da atividade física e alimentação adequada.

Os estudos da pesquisa mostraram que durantes os meses da pandemia, o sedentarismo trouxe consequências sérias quanto ao ganho de peso, não só pela diminuição de atividades físicas como também pelos novos e velhos hábitos alimentares que se instalaram e mudaram o rigor e a regularidade das dietas. Além disso, é de conhecimento geral que pessoas com obesidade que adoecem necessitam de cuidados mais intensivos no tratamento: são mais difíceis de entubar; de obter diagnóstico por imagem (pois há limite de peso nas maquinas de imagens); também são mais difíceis de posicionar e transportar pela equipe de enfermagem e são considerados de acompanhamento mais difícil nas UTIs. Isso quer dizer que a obesidade piora o prognóstico da Covid-19 no plano individual e a Covid-19, por sua vez, piora a obesidade no plano da saúde populacional.

Segundo dados do IBGE, o Brasil possui cerca de 27 milhões  de pessoas consideradas obesas. Somando essas as que estão acima do peso, o total chega a quase 75 milhões. “Em uma população de 210 milhões de habitantes, 75 milhões de acometidos de obesidade, significam um sério problema de saúde pública”, ressalta o cirurgião Walter França. De acordo com dados do Ministério da Saúde, a mortalidade dos jovens obesos é mais alta do que nos idosos obesos com Covid-19. Essa relação entre obesidade e agravamento dos pacientes começou a chamar atenção a partir da explosão de casos nos Estados Unidos onde cerca de 42% da população é obesa. A  obesidade é o segundo fator de morte do Covid-19, atrás apenas da idade.

SERVIÇO:

Cirurgião Bariátrico Walter França

(81) 3423.9796/ 3423. 9272