Atualmente o maior esforço dessa parceria é o desenvolvimento de um remédio antiviral e anti-inflamatório com foco no Covid-19
Com o objetivo de criar um programa de cooperação técnica e intercâmbio científico, abrangendo atividades de Pesquisa Desenvolvimento e Inovação (PD&I) nas áreas saúde e Estudos de Terapias complementares, a Universidade de Pernambuco (UPE) e a ofJoseph PB&T Brasil firmaram um convênio que tem rendido ótimos frutos a população.
Atualmente o maior esforço dessa parceria é o desenvolvimento de uma terapia antiviral e atividade anti-inflamatória com foco na Covid-19. De acordo com a professora do Instituto de Ciências Biológicas (ICB) da UPE, Patrícia Moura, a escolha por um tratamento alternativo é um grande desafio. “Até o momento, todas as vacinas desenvolvidas têm ação limitada e nenhuma comprovou ter imunidade eficiente ou levar efeito prolongado, então decidimos optar por uma linha de terapia que atingisse justamente pontos chave que envolvem a doença. Nossa solução em desenvolvimento se baseia nas proteínas naturais do corpo melhoradas. Trata-se de uma solução baseada nas defesas naturais do ser humano, sendo muito promissora com resultados iniciais encorajadores” afirma.
A proteína estudada é a Lectina Ligadora de Manose (MBL), encontrada no soro humano, secretada pelo fígado e dependente de cálcio. A MBL é um importante elemento do sistema imune inato e está associada a doenças infecciosas e auto-imunes, com interferência tanto na susceptibilidade quanto na severidade das patologias. “Com base, nesses estudos o uso da proteína deve reduzir notavelmente o número de casos graves da doença em um curto período de tempo. Além disso este medicamento também poderá ser aplicável a outras doenças que afetam o sistema respiratório” explica a coordenadora da pesquisa.
A equipe formada por mais de 30 pesquisadores de diversas instituições está empenhada no desenvolvimento de uma molécula antiviral eficaz e pretende, em breve, começar os testes em humanos. O objetivo é entregar o produto ainda este ano. “Seguiremos todos os testes de qualidade e segurança no desenvolvimento da terapia. Na área de saúde um produto inseguro pode ser um risco tão grande quanto a doença e este é um risco inaceitável”, conclui a professora.
Hackathon Mimesis– Para incentivar o fomento de pesquisa de ponta por jovens pesquisadores no Brasil, a UPE e a ofJoseph PB&T Brasil realizaram o Hackathon Mimesis. O evento on-line aconteceu entre 30 de julho e 2 de agosto e reuniu mais de 500 inscritos de todo o Brasil com o objetivo de inovar e aplicar sua criatividade em busca de soluções para grandes problemas que afligem a humanidade, como COVID19, Câncer, HIV entre outras. Durante o evento tiveram a oportunidade de aprender e desenvolver projetos nas áreas de biotecnologia e Inteligência Artificial, com apoio de grandes especialistas como mentores nacionais e internacionais.
A atividade contou com dois dias de palestras e workshops e outros dois dias dedicados a colocar em prática, desenvolver ideias e projetos inovadores, de maneira coletiva e criativa, com participantes de diversas partes do mundo. “O objetivo do evento foi incentivar jovens pesquisadores a inovar e buscar respostas a grandes problemas da área de saúde, através da tecnologia e ciência aplicada. Os participantes tiveram de propor, de maneira coletiva, projetos e ideias inovadoras baseadas em biotecnologia e inteligência artificial” explicou o coordenador do evento, Gabriel Lins.
Os três projetos que mais se destacaram receberam premiações em dinheiro, oportunidades de estágio em grandes empresas na área da biotecnologia e mentoria por 2 meses com acompanhamento digital pelo LivingLab (Sebrae-MS). Um dos destaques, foi o Kevyt- UVC, um robô germicida para combate o COVID-19, que atua na higienização de ambientes eliminando até 99,9% de vírus e bactérias, em aproximadamente 15 minutos.