O Índice de Confiança da Construção (ICST), da Fundação Getúlio Vargas (FGV), divulgado no fim de junho, revelou que a confiança do setor da construção civil voltou a subir em junho, ao avançar 9,1 pontos, para 77,1 pontos. A alta é decorrente da melhora das expectativas dos empresários para os próximos três e seis meses.

Aqui em Pernambuco, a construção civil retomou as atividades no mês passado após dois meses e meio de atividades suspensas, por conta do decreto do governo do estado. 

O empresário  Ricardo Albuquerque, que é dono da Attiva Engenharia, acredita que o setor irá se recuperar rapidamente. “Acredito na retomada em uma velocidade semelhante à da queda. Isso porque a construção civil já vinha crescendo bastante entre o final do ano passado e o início deste ano. A nossa empresa atua no ramo imobiliário e de manutenção e, apesar das dificuldades, houve um incremento no número de contratos”, explica.

A explicação de Ricardo faz sentido quando analisamos o recente retrospecto positivo da construção civil, antes da pandemia. Em 2019, a construção civil avançou 1,6%, puxado principalmente pelo setor de edificações imobiliárias. Foi o primeiro ano positivo depois de cinco anos no vermelho.

“A construção sempre foi decisiva e impactante nos resultados econômicos do país, porque é o motor que rege a economia brasileira. Como é um setor que impacta outras áreas do ramo industrial e comercial, a construção tem capilaridade suficiente pra sair mais rápido da crise”, complementa Ricardo.

A Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) segue este mesmo raciocínio, tanto que acredita que o acesso ao crédito auxiliar disponibilizado pelo governo federal, para as pequenas e médias empresas, ainda que não tenha alcançado e suprido todas as necessidades, foi uma forma de fazer com que este motor continuasse funcionando, mesmo com a diminuição ou paralisação da geração de caixa.