A formação ou não do colarinho pode indicar estilo, qualidade da bebida e até resíduos no copo
Cada um que utilize de uma técnica para não deixar a espuma da cerveja se formar. Evitar copos de plástico ou descartáveis, inclinar a taça ou até mesmo colocar o dedo indicador dentro da bebida são as mais conhecidas. Mas, será mesmo que o famoso colarinho é inimigo da boa cerveja? De acordo com especialistas cervejeiros, além de ser essencial, a espuma é um indicador de que o processo de fabricação foi feita de maneira correta.
Alguns estilos são mais propícios a formar o colarinho. “É mais comum, principalmente, nas cervejas de estilo belga, agregando valor não apenas ao sabor, como também ao visual da bebida”, explica um dos sócios da cervejaria artesanal DeBron Bier, Thomé Calmon. A espuma é formada graças à presença do CO (gás carbônico), mas outros fatores também influenciam. “As cervejas que mais têm proteínas são as que mais formam colarinho, como as que são feitas de trigo”, explica Thomé.
A espuma é responsável por manter o sabor característico do estilo, o amargor, a temperatura, assim como ajuda na liberação do aroma. “Por isso que para as cervejas artesanais o colarinho é muito importante, já que o intuito é proporcionar interação entre todos os sentidos. A espuma faz parte da degustação”, ressalta Thomé Calmon.
Certos copos chegam a facilitar a formação do colarinho, como os copos Weiss, feitos especialmente para as cervejas de trigo, a Weizen. Cervejas que não formam espuma podem estar com defeito de fabricação. Copos mal lavados ou com resíduo de detergente, gordura e até batom também podem atrapalhar a formação da espuma.
DeBron Bier
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