“Belíssimo” (Paste Magazine, Estados Unidos)
“Cria uma atmosfera lenta, nostálgica e calorosa, com letras sugestivas e melodias sonhadoras” (Mondo Sonoro, Espanha)
“Um exemplo brilhante da capacidade discreta de Kivel de justapor elegantemente seu estilo de composição pop clássico , contação de histórias convincente e instrumentação requintada entre as explorações belas e mais etéras do álbum” (Gorila vs. Bear, Estados Unidos)
“(As letras são) são um julgamento preciso dos tempos em que vivemos.” (ChidasMx, México)
“Misturando downbeat com um toque de folk de Matt Kivel, os resultados são peças de grande densidade” (Amplitudes, España)
Depois de divulgar os singles “Two braids”, “L.A. Coliseum” e “Radiance”, o cantor, compositor e multi instrumentista americano Matt Kivel apresenta seu mais recente álbum, “Last Night In America”, distribuído pelos selos Cascine (Nova York) e Pedro Y El Lobo (Cidade do México) e já disponível em todas as principais plataformas de streaming.
Ouça “Last Night In America”: http://smarturl.it/MattKivelAlbumBr
Para Matt Kivel, este LP é uma espécie de ponto culminante – não só das suas viagens pelos Estados Unidos, mas também de seu projeto solo. Mesmo que tenha começado a escrever suas letras enquanto ainda morava em Los Angeles – ele atualmente reside em Nova York -, foi em Austin, no Texas, onde encontrou as belas paisagens que o inspiraram a terminar as músicas e gravá-las, tocando todos os instrumentos e criando todos os sons em seu estúdio caseiro. Esta produção minimalista resultou em um álbum que tem os elementos mais puros da música de Matt: guitarra, voz e texturas sutis.
O último trabalho do cantor, “Fires On The Plain”, foi lançado em 2016. Era um LP duplo composto de 26 músicas com uma produção complexa e apresentando renomados artistas convidados – entre eles, Robin Pecknold (Fleet Foxes) e Bonnie “Prince” Billy.
Kivel começou a trabalhar como músico em variadas bandas durante a primeira década dos anos 2000. A partir de 2013, o artista iniciou sua jornada solo com o lançamento de alguns cassetes de edição limitada que levaram ao álbum “Double Exposure”, naquele mesmo ano. Seguindo por um caminho mais introspectivo do que seus projetos anteriores, ele passou a explorar sintetizadores em canções acústicas com vocais brandos. Já o segundo disco, “Days of Being Wild” (2014), gravado com Paul Oldham (membro do Palace Brothers), foi sucedido por dois lançamentos consecutivos em 2016 – além de “Fires on the Plain”, veio também “Janus”, repercutindo em veículos como Pitchfork, BBC Music e The Fader.
Para “Last Night In America”, Matt voltou ao básico. Ele produziu o álbum se concentrando em arranjos minimalistas. Isso resultou em 11 faixas que combinam texturas envolventes, batidas simples, guitarras quentes e vocais poderosos e de voz suave.
Visto de longe, “Last Night In America” é calmo e fácil de escutar. Uma mistura equilibrada de canções em clima ambient e músicas onde folk, lo-fi e indie-pop se misturam suavemente. Visto de perto, é uma obra na qual cada palavra, som e silêncio é cuidadosamente colocado com um propósito. É o tipo de registro que se desdobra lentamente e revela novos segredos a cada audição.
As letras ganham vida como velhos vídeos caseiros antes de se aproximar de uma imagem específica: um cigarro pressionado entre os dentes, uma risada nervosa que cheira a vodca, pés molhados na beira do riacho, um céu cheio de pássaros.
O título do álbum, assim como as músicas, pode ter muitas interpretações. Talvez se refira à última noite de alguém vivendo na América, que recorda todas as histórias vividas lá, ou talvez ontem à noite, todas as histórias narradas no álbum aconteceram. É um disco emotivo, cheio de pequenos momentos que carregam verdades enormes. O tipo de registro que se desenrola lentamente, recompensando o ouvinte paciente.
O primeiro single, “L.A. Coliseum”, é uma breve história do amor platônico que acontece dentro da memória de uma luta de boxe. Em uma narrativa imagética, ele versa: “sangue pulverizado na primeira fila / mas nós estávamos bem no alto / no topo do estádio / rindo e bebendo cerveja / você sentou ao meu lado / colocou sua mão ocasionalmente nas minhas costas / e então você me contou sobre sua vida / e garotos com quem você esteve”.
Já em “Two Braids”, Matt Kivel faz um protesto (quase) silencioso que é ao mesmo tempo inteligente e apaixonado em uma das músicas mais pop dentro de sua extensa discografia. Imagens que podem representar o contraste do apocalipse com a felicidade cotidiana nos bares ganham forma em batidas eletrônicas, guitarras e melodias cativantes.
Os vídeos oficiais dos dois singles foram criados e dirigidos pela artista japonesa Sachiyo Takahashi, em uma colaboração que se estende até os visuais das apresentações ao vivo de Matt – o músico já está em turnê por Estados Unidos e México. Inspirada pela arte do álbum e pelas emoções que a canção evoca, Sachiyo consegue transformar a história em imagens abstratas feitas por uma mistura de luz, sombra, cores e formas assimétricas, tudo criado organicamente, sem efeitos digitais. São obras de arte que levam sensações a um nível subconsciente, cativando não apenas os olhos, ouvidos mas a mente como se fossem alucinações hipnagógicas.
“Radiance” foi o último single e foi exclusivamente lançado por Paste Magazine e Adhoc, sites baseados nos Estados Unidos. Este single, assim como o álbum, é preenchido com uma voz que soa melancólica. É minimalista e meditativo. Como Adhoc aponta, “a música tem a mesma qualidade etérea de ‘L.A. Coliseum’ e ‘Two braids’. Parece um pouco mais escura, com uma sensação de luto ou perda”.
É muito provável que Matt Kivel tenha uma memória fotográfica. Talvez se possa supor que ele tenha dificuldade em abandonar as coisas. Mas o único fato verdadeiro é que o artista tem um talento inegável para transformar essa nostalgia em músicas de cortar o coração que desafiam todos os clichês.