Coleção de dois álbuns, que abrangem o período entre o final do século XIX e o início do século XXI, é a segunda colaboração do grupo com o pianista

Les Vents Français, descrito pelo The Guardian como “o quinteto de sopros equivalente a um supergrupo” e aclamado como sendo “todos os seus membros … são solistas internacionais por mérito próprio, e suas performances, como seria de esperar, têm uma fluência maravilhosa e uma gama deslumbrante de cores”, lançou, nesta sexta-feira, dia 12 de abril, “Moderniste”.

Emmanuel Pahud (flauta), François Leleux (oboé), Paul Meyer (clarinete), Radovan Vlatković (trompa) e Gilbert Audin (fagote), para o novo álbum, “Moderniste”, se juntam ao pianista Eric le Sage, que também esteve com o grupo em um álbum triplo lançado em 2015, intitulado, apropriadamente, de “Winds & Piano”. A revista Gramophone respondeu com entusiasmo: “este é definitivamente um time de sonho, que não apenas captura o espírito individual da música, mas também claramente se diverte ao fazê-lo. O conjunto como um todo é um atraente compêndio de variedade criativa unificado por uma musicalidade incomparável”.

O termo “modernista”, mais prontamente associado ao século XX, é usado com certa liberdade nesta nova coleção de dois álbuns, que abrange o período entre o final do século XIX e o início do século XXI. A chave para a concepção do preceito é que todas as seis obras compartilham um senso de aventura e inovação, sem deixar de entregar o lirismo, humanidade e espiritualidade.
Os trabalhos mais antigos do repertório, “Quinteto de Albéric Magnard” para flauta, oboé, clarinete, fagote e piano, datam de 1894, mas as peças mais recentes são de compositores vivos, Philippe Hersant (n.1948) e ThierryEscaich (n.1965), e são gravações inéditas em sua estreia mundial. Tanto os Osterlied de Hersant quanto a Canção Mecânica de Escaich inspiram-se na música barroca, mas ambos também permanecem inconfundivelmente contemporâneos no idioma e no espírito.

O único compositor não francês no repertório é Carl Nielsen, nascido perto de Odense, na Dinamarca, em 1865. Seu envolvente Wind Quintet, datado de 1922, é provavelmente o trabalho mais conhecido neste álbum. Originada apenas quatro anos antes, a “Sonata de Darius Milhaud” para flauta, oboé, clarinete e piano foi escrita enquanto ele estava morando no Brasil. Quando foi apresentado em Salzburgo, em 1922, o público achou a peça um pouco intrigante, mas o amigo de Milhaud, Francis Poulenc (um colega do grupo de compositores conhecido como Les Six), escreveu-lhe para dizer que Anton Webern e ninguém menos que Béla Bartók, apreciaram o trabalho. André Jolivet, nascido 13 anos depois de Milhaud, em 1905, é especialmente associado com a flauta, mas ele coloca uma ênfase especial no oboé em sua Serenata para o quinteto de sopro, sem, contudo, comprometer o requintado equilíbrio do conjunto.

Confira a tracklist completa de “Moderniste”:

CD 1
Darius Milhaud (1892-1974) 
Sonata for Flute, Oboe, Clarinet & Piano, Op.47

  1. I. Tranquille
  2. II. Joyeux
  3. III. Emporté
  4. IV. Douloureux

André Jolivet (1905-1974)
Serenade for Wind Quintet  

  1. I. Cantilène
  2. II. Caprice
  3. III. Intermède
  4. IV. Marche Burlesque

Albéric Magnard (1865-1914)
Quintet for flute, oboe, clarinet, bassoon and piano, Op. 8

  1. II. Tendre (Tender)
  2. I. Sombre (Dark)
  3. III. Leger (Light)
  4. IV. Joyeux (Joyful)

CD 2 

Philippe Hersant (b.1948) WORLD PREMIERE RECORDING“Osterlied” Sextet for Wind Quintet and Piano | Carl Nielsen (1865-1931) Wind Quintet, Op.43

  1. I. Allegro ben moderato
  2. II. Menuetto
  3. III. Praeludium: Adagio
  4. IV. Tema con variazioni

Thierry Escaich (b.1965)WORLD PREMIERE RECORDING

  1. Mecanic Song for Wind Quintet & Piano
     

Emmanuel Pahud Flauta
François Leleux Oboe
Paul Meyer Clarineta
Radovan Vlatković Trompa
Gilbert Audin Bassoon