Com a direção de Samuel Santos, canção inédita de Marcello Rangel e direção musical de Juliano Holanda, o espetáculo desmistifica o Nordeste caricato que habita no preconceito
Depois do sucesso da estreia no Recife, o espetáculo “Quanto mais eu vou, eu fico” da Bubuia Companhia de Teatro volta a capital pernambucana para sua primeira temporada, no Teatro Barreto Júnior. As apresentações ocorrerão nos dias 05, 12, 26 de abril e 03 de maio, às 20h, e os ingressos custam R$30 (inteira) e R$15 (meia). Com texto original, que mistura estórias reais e fictícias, a peça convida o público a viajar na jornada do povo nordestino que migra para o Sudeste do Brasil em busca de uma vida melhor.
Com montagem inovadora, o espetáculo reúne a nova cena autoral de teatro e música pernambucana, com atuação das atrizes Endi Vasconcelos, do filme “A Morte Habita à Noite” de Eduardo Morotó, Maria Laura Catão, da peça “Bailei na Curva” (RJ) e Bruna Castiel, conhecida pelos trabalhos em “A Filha do Teatro”, de Antônio Rodrigues e a montagem de “Rei Lear”, dirigida pelo carioca Moacir Chaves.
A direção musical da peça fica por conta de Juliano Holanda, dramaturgia do poeta Gleison Nascimento, com músicas de Thiago Martins e Zé Barreto, além da canção inédita “Cinemascópio”, do disco “Quanto mais eu vou, eu fico” de Marcello Rangel, que dá nome à peça.
Mas o que é o Nordeste? O que significa uma vida melhor? O enredo debate esses e outros dilemas dessa jornada de ida e volta dos nordestinos para o Sudeste do país, levando o público a viajar junto e descobrir um Nordeste mais humano, real e nada caricato, desconstruindo o Nordeste que habita no preconceito popular. Em cena, as atrizes experimentam diversos personagens que juntos montam um mosaico para contar histórias de pessoas que deixam o lugar de origem em busca dos próprios sonhos.
O espetáculo ainda conta com direção geral do aclamado Samuel Santos, conhecido pela adaptação de “A Terra dos Meninos Pelados”, de Graciliano Ramos, que conquistou 09 prêmios APACEPE. E a direção de movimento do artista Hélder Vasconcelos, um dos fundadores do grupo Mestre Ambrósio e consagrado por passear pelas diversas facetas da dança, teatro e música como em seus espetáculos “Espiral Brinquedo Meu” e “Por Si Só”.