Especialistas trazem alertas e cuidados para quem quer aproveitar as comidas com responsabilidade

Você sabe o que é Compulsão Alimentar? Diferentemente do que muitos pensam, a compulsão alimentar pode ser uma doença, um transtorno psicológico, desencadeado por fatores como a ansiedade e o estresse que fazem as pessoas “descontarem” na comida de forma excessiva. Por outro lado, porém, pode ser algo eventual, especialmente em festas e eventos. “As pessoas se sentem mais soltas e menos controladas por estarem em um ambiente festivo, em que todos têm o mesmo comportamento e influenciam a alta ingestão de alimentos”, explica a docente do Curso de Nutrição da Wyden, Joseane Nobre.

Com o Natal e a virada do ano chegando, é fundamental que as pessoas se atentem para não passar por episódios de compulsão alimentar. Aliás, há uma grande oferta de comida boa nas festas e isso pode representar um gatilho para uma futura doença. “Essa compulsão alimentar em períodos de festas é passageira e o indivíduo tende a retornar ao seu hábito alimentar, mas aqueles que não conseguem retomar e usam os alimentos como forma de trabalhar as emoções têm uma doença”, ressalta Joseane.

De acordo com a especialista, os principais sinais para identificar o transtorno são: comer em grande quantidade sem ter controle do quanto come; justificar o consumo dos alimentos com a questão de estar triste ou alegre; e a alimentação em alta quantidade de um alimento que estaria restrito na dieta, por exemplo, a pessoa não deveria comer chocolate durante a semana, só que ela não resiste e, quando consome, exagera na dose.

A principal e melhor forma de tratamento, justamente por se tratar de um transtorno psicológico, é o acompanhamento médico, nutricional e psicológico para trabalhar não só a relação da pessoa com o alimento, mas também entender os motivos que leva a pessoa à alimentação exagerada e, claro, quando necessário, prescrever medicamentos. No ambiente das festas em si, a docente da Wyden passa as seguintes dicas:

  • Servir em pequenas porções
  • Começar com alimentos menos calóricos, como saladas
  • Separar os espaços de comer e se servir para evitar o consumo frequente
  • Indicar um tratamento multidisciplinar com médicos, nutricionistas e psicológicos

Além disso, o exercício físico é uma ferramenta essencial para controlar a compulsão alimentar, atuando diretamente na regulação de hormônios e no equilíbrio emocional. “Como estratégia prática, exercícios aeróbicos, a exemplo da corrida, natação ou ciclismo, combinados com treinos de força, são altamente recomendados. Atividades aeróbicas ajudam na regulação hormonal e no gasto calórico”, apresenta o docente do curso de Educação Física da Estácio, Daniel Carvalho. Entre os hormônios que são impactados diretamente estão a leptina, que sinaliza ao cérebro quando o corpo tem energia suficiente, reduzindo a fome, e a grelina, conhecida como o “hormônio da fome”.

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