No dia 14 de outubro comemora-se o dia internacional do lixo eletrônico, data criada para conscientizar a população sobre a importância de descartar corretamente os resíduos eletrônicos e promover a reciclagem desses materiais. Os resíduos de aparelhos quebrados e sem uso se tornaram um problema gigantesco para a preservação do meio ambiente. Um estudo mostra que a geração mundial de lixo eletrônico está aumentando cinco vezes mais rápido do que a reciclagem, revelou o Monitor Global de lixo eletrônico (GEM) da ONU.

A quantidade de resíduos reciclados poderia ser bem maior se as pessoas soubessem a importância do descarte ecológico. Para o presidente da Coopermiti, cooperativa especializada na reciclagem e tratamento de lixo eletrônico, Alex Pereira, o dia internacional do lixo eletrônico é uma oportunidade de mudar alguns hábitos comuns, mas nocivos. “Imagine quantos aparelhos eletrônicos quebram ou são substituídos anualmente em casa, agora multiplique por todos os lares brasileiros. Por falta de informação, muitas pessoas jogam fones de ouvido, mouses, batedeiras, no lixo de casa. Muitos também guardam celulares e notebooks velhos na gaveta, com medo do vazamento de dados, sem saber que o descarte ecológico resolve este problema e ainda ajuda o meio ambiente”, destaca.

A Coopermiti elencou as dúvidas mais comuns, para as pessoas não errarem na hora de se desfazer de um aparelho sem uso.

O que é lixo eletrônico?
Apesar de muitos dos materiais recebidos não serem recicláveis em nenhum contexto, é importante conscientizar sobre o que, efetivamente, pode ser considerado lixo eletrônico. Basicamente, tudo aquilo que depende de uma fonte de eletricidade para funcionar, sejam fios, baterias ou recarga, faz parte da categoria de e-lixo. Desde geladeiras, computadores, televisores, até mouses, pen-drives, fios, entre outros equipamentos.

O aparelho precisa estar funcionando?
Não. O e-lixo trata exatamente de aparelhos eletrônicos sem uso ou quebrados. O trabalho da cooperativa não é consertar estes aparelhos, pelo contrário, eles serão desmontados em pequenas partes que podem ser reaproveitadas pela indústria, evitando a extração de matéria-prima da natureza. Inclusive aparelhos antigos e quebrados que estavam esquecidos na gaveta podem e devem ser descartados ecologicamente.

Eletrônicos podem ser jogados no lixo comum?
Não podem. Se jogados no lixo comum, o lixo eletrônico acaba indo parar em aterros sanitários ou pontos de descarte irregular, quando exposto ao sol e à chuva, passa a representar um risco à saúde humana e à natureza, já que podem liberar substâncias tóxicas como mercúrio, cobre e cádmio. Além disso, aumenta a extração de recursos naturais utilizados na fabricação de componentes que poderiam ser reaproveitados com a reciclagem de e-lixo pela indústria.

Onde descartar equipamentos eletrônicos?
O lugar do lixo eletrônico é na mão de cooperativas especializadas e pontos autorizados pela prefeitura. Atualmente, são mais de 70 endereços em São Paulo, prontos para receber todo equipamento que um dia funcionou na tomada, pilha ou bateria, assim como seus acessórios e componentes. É possível até organizar uma campanha com a vizinhança para reunir o e-lixo de todos e levar até um posto de coleta. O site da Coopermitidisponibiliza todo material informativo para realizar este tipo de ação.

Como descartar computadores com segurança?
Jogar um computador ou smartphone antigo fora pode significar colocar em risco os dados e informações sensíveis. Por isso, a melhor maneira é encaminhar para uma cooperativa especializada, como a Coopermiti. “Nós fornecemos um laudo de destruição degura de dados que assegura que realizamos um processo que elimina as chances de que as informações contidas em dispositivos de armazenamento possam ser recuperadas. Isso é fundamental, sobretudo para as empresas e o administrativo de condomínios”, finaliza Alex Pereira.

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