Em homenagem à vida e obra do artista baiano de coração pernambucano, museu recebe a mostra dia 16 de agosto. Abertura terá show da Orquestra Frevo do Mundo, com Davi Moraes, Pupillo e grande elenco apresentando o álbum ‘Moraes é Frevo’

Após temporada de sucesso em Salvador e no Rio de Janeiro, a exposição Mancha de Dendê Não Sai – Moraes Moreira chega ao Recife dia 16 de agosto. O Paço do Frevo recebe a mostra oferecendo três andares do museu para promover uma imersão sensorial na vida e obra desse baiano de nascimento e pernambucano de coração, primoroso compositor de frevos que ajudou o estilo musical a romper fronteiras e que exaltava sua relação de amor com nossa manifestação cultural e nosso estado em suas letras.

Para a noite de estreia, aberta ao público a partir das 18h, haverá apresentação da Orquestra Frevo do Mundo com o show do álbum Moraes é Frevo, projeto criado pelo músico e produtor Pupillo e pelo produtor musical Marcelo Soares, do Estúdio Muzak, em parceria com o músico Davi Moraes, filho de Moraes Moreira. O show terá Pupillo na bateria e direção musical; Davi Moraes nas guitarras, violão, voz e direção musical; Bráulio Araújo no baixo; maestro Nilsinho Amarante no trombone e regências; Gilmar Black no sax tenor; Adilson Bandeira no sax alto; e Jonatas Araújo no trompete, além das participações de Almério e Ylana. Moraes é Frevo foi lançado este ano com releituras de músicas do baiano.

Mancha de Dendê Não Sai – Moraes Moreira chega ao Recife no Paço do Frevo, equipamento da Prefeitura do Recife com gestão do Instituto de Desenvolvimento e Gestão – IDG, apresentada pelo Mercado Livre, através do incentivo da Lei Rouanet como parte da sua estratégia de valorização da cultura brasileira. Com produção da Maré Produções, é uma idealização da produtora cultural e diretora-geral da exposição, Fernanda Bezerra, e da cenógrafa Renata Mota, que também assina a direção de arte e curadoria do projeto.

É importante ressaltar que, durante todo o dia 16, o acesso ao Paço do Frevo será gratuito, num oferecimento do Nubank, patrocinador master do museu.

Para todos que fazem o Paço do Frevo, trazer a exposição ao Recife é um motivo de alegria. “Tive a felicidade de conviver de perto com Moraes, de ter sua amizade e poder escutar o próprio testemunho dele sobre seu amor pelo Recife e pelo Frevo. É imenso meu respeito pela sua arte. Abrir as portas do Paço do Frevo para perpetuar e contar para todas as gerações a história e o legado desse artista brasileiro nos dá muito orgulho. A casa do Frevo será, com grande alegria, a casa de Moraes”, sintetiza Luciana Félix, diretora do Paço do Frevo.

VIVA MORAES A exposição proporciona aos visitantes um mergulho na história da música popular e da cultura brasileira por meio da trajetória de um dos artistas mais relevantes do país. Uma retrospectiva abrangente da carreira de Moraes Moreira (1947-2020), destacando sua versatilidade como compositor, parcerias musicais, incursões na literatura e raízes profundamente conectadas à Bahia e ao sertão.

Toda a atmosfera da mostra promove uma experiência sonora pela poesia de Moraes Moreira, explora a diversidade musical do Brasil através das canções do artista, reconhecido por mesclar ritmos como Frevo, Baião, Rock, Samba, Choro e música erudita em suas composições. Também são evidenciadas suas colaborações musicais com o filho Davi Moraes, bem como suas incursões no campo da literatura como cordelista e cronista de histórias da Bahia e do seu sertão natal.

A exposição é uma merecida homenagem a esse legado duradouro e a sua personalidade marcante, refletida tanto em seu trabalho artístico quanto em suas raízes baianas. “Moraes Moreira, importante representante da música regional, é um verdadeiro ícone da cultura brasileira, com uma carreira que abrangeu diversas formas de expressão artística. Além de cantor, compositor e músico, foi um agitador cultural, escritor, cantador e poeta. Sua produção artística foi intensa e significativa”, enfatiza Fernanda Bezerra, diretora-geral do projeto.

“Trazer o universo de Moraes é falar sobre poesia. Mas como fazer espaços e tempos diferentes coexistirem em uma fisicalidade que sempre será limitada frente à potência criativa do artista? Sem a pretensão de dar conta de tudo que representa a obra de Moraes Moreira, a proposta conceitual busca um gesto de aproximação ao seu mundo! Um gesto poético também, que dança com suas músicas e com seus escritos. Cada espaço propõe uma experiência única em que a palavra – escrita ou cantada – tem protagonismo”, observa a curadora Renata Mota. “Mesmo quando o barroquismo-visual-carnavalesco toma conta do ambiente, é ainda o som e a palavra que nos importa. Entender sua relação com a música, o futebol, o carnaval, os parceiros é necessário para entender o território em que seu processo criativo acontecia”, acrescenta.

E já que a música é parte relevante em tudo que envolve a exposição, ter o show Moraes é Frevo na abertura equivale a marcar um golaço. “Para nós que fazemos a Orquestra Frevo do Mundo, é uma grande honra e satisfação ter feito um disco em homenagem ao Moraes Moreira, um dos maiores nomes da música brasileira, responsável por levar o Frevo para todo o Brasil através de suas composições, contribuindo para a popularização e renovação do gênero, que é o caminho para o qual o nosso projeto aponta. Ter a oportunidade de mostrar as músicas do disco ao vivo, na noite de estreia dessa exposição tão importante, é de uma alegria imensa!”, comenta Marcelo Soares, do Estúdio Muzak. 

OBSERVATÓRIONo dia seguinte à abertura da exposição, o Paço do Frevo realiza seu projeto ‘Observatório do Frevo’, em edição especial Moraes Moreira. Com o tema Temperado no Dendê: o Frevo de Moraes Moreira, o encontro do dia 17 de agosto, às 15h, contará com a participação de Cecília Morais, psicanalista e filha do homenageado e do músico Silvério Pessoa. “Desde que me entendo por gente, meu pai era um só com sua música. Não havia separação. Onde ele estava, sua música, seu violão, suas composições lá estavam também.”, conta Cecília. O encontro promoverá uma conversa sobre o Frevo e Moraes que, juntos, ecoam pelo mundo, marcando a história da cultura brasileira. As inscrições, gratuitas, devem ser feitas online.

PAÇO DO FREVO Reconhecido pelo Iphan como Centro de Referência em ações, projetos, transmissão, salvaguarda e valorização do Frevo, que é uma das principais tradições culturais do Brasil, o Paço do Frevo é patrimônio imaterial pela Unesco e pelo Iphan e um um convite à celebração da vida. Por meio da ativação de memórias, personalidades e linguagens artísticas, Paço do Frevo é seu lugar máximo de expressão, na manutenção de ações de difusão, pesquisa e formação nas áreas da dança e da música, dos adereços e das agremiações do Frevo.

O Paço do Frevo é um equipamento da Prefeitura do Recife com iniciativa da Fundação Roberto Marinho e gestão do Instituto de Desenvolvimento e Gestão (IDG). Por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, a Lei Rouanet, em 2024 o museu tem o patrocínio master do Nubank, o papel de mantenedor do Instituto Cultural Vale e do Mercado Livre, o patrocínio da Rede e Vitarella, o copatrocínio da  SulAmérica, com o apoio do Grupo Globo e da White Martins.

SERVIÇO

Exposição ‘Mancha de Dendê Não Sai – Moraes Moreira’

Abertura: 16 de agosto (sexta-feira), às 18h
Com show da Orquestra Frevo do Mundo apresentando o álbum Moraes é Frevo
No Paço do Frevo: Praça do Arsenal da Marinha, s/n, Bairro do Recife

Entrada gratuita

Temporada:

De 16 de agosto de 2024 a 9 de março de 2025, no horário de funcionamento do Paço do Frevo

De terças a sextas, das 10h às 17h

Sábados e domingos, das 11h às 18h

Ingressos:

R$ 10 e R$ 5 (meia) – entrada gratuita às terças

Ingressos antecipados na Sympla ou diretamente na bilheteria

pacodofrevo.org.br | @pacodofrevo