O primeiro ciclo de formação acontecerá no Ilê Axé Ayrá Omin Kaia Lofim, em Abreu e Lima. Durante a formação, os participantes aprenderão sobre a linguagem e estética do audiovisual, além dos processos de criação e produção de curtas-metragens

O projeto Terreirada em Cena abre inscrições gratuitas para um curso de produção audiovisual voltado para pessoas de terreiros de Candomblé e Jurema de Pernambuco. A formação irá utilizar celulares como ferramentas para a produção de filmes em três terreiros da Região Metropolitana do Recife.

As inscrições gratuitas para o primeiro ciclo de formação, começou nesta quinta-feira (6),  seguem até o dia 26 de junho e acontecerá no Ilê Axé Ayrá Omin Kaia Lofim – Associação Espírita Caboclo Oxóssi, localizado na Rua Transamazônica, 575 – Boa Esperança, Abreu e Lima – PE. As aulas do primeiro ciclo de formação acontecerão nos dias 6, 13, 20, 27, 28 de Julho, das 08 às 17h, com idade mínima de 8 anos para participação.

Serão 132 horas de formação, 20 vagas por terreiro e três ciclos de formação, divididas em 44 horas por terreiro. Durante as aulas, os participantes aprenderão sobre a linguagem e estética do audiovisual, somados aos processos de produção e captação de curtas-metragens.

A intenção é capacitar os participantes através de uma visão técnica, crítica, política e emancipatória do fazer artístico, como também incentivar o surgimento de novos profissionais no audiovisual. 

Nessa perspectiva os interessados aprenderão sobre: 

Enquadramento;

Foco;

Composição;

Elaboração de roteiro

Detalhes de pré-produção;

Técnicas de gravação de áudio e vídeo;

Edição e montagem;

Produção de curta metragem de até 15 minutos.                                                     

A troca de conhecimentos e os exercícios praticados permitirão aos participantes, explorar todo o potencial do audiovisual oferecendo autonomia na produção e realização de curtas-metragens que preservem a memória e identidades de comunidades religiosas de Matriz Afro-indígenas.

“O Terreirada em Cena pretende valorizar as produções no campo do audiovisual feitas pelas comunidades religiosas de Matriz Afro-indígenas, ao mesmo passo que estamos democratizando o acesso à arte, cultura e educação, atrelando a arte aos temas sociais e políticos presentes no cotidiano”, afirma a Coordenadora, Uenni.

Ao final, cada turma produzirá um curta-metragem como resultado dos aprendizados adquiridos durante a formação. Os três curtas serão exibidos e debatidos entre os participantes, fortalecendo o olhar artístico e crítico sobre as obras que realizaram em grupo.

Após a exibição dos curtas-metragens, os mesmos ficarão disponíveis no Youtube para livre difusão, reprodução e utilização. As oficinas contarão com recursos de acessibilidade, como intérpretes de LIBRAS e os curtas produzidos serão acompanhados de legendagem e audiodescrição.

Inscrições

Os interessados podem realizar as inscrições pelo formulário virtual neste link

Lei Paulo Gustavo

Este projeto foi contemplado nos Editais da Lei Paulo Gustavo Pernambuco e tem apoio financeiro do Governo do Estado de Pernambuco, através da Secretaria de Cultura do Estado via Lei Paulo Gustavo, direcionada pelo Ministério da Cultura – Governo Federal

Conheça Mais sobre os Terreiros

Ilê Axé Ayrá Omin Kaia Lofim  – CICLO I

O Ilê Axé Ayrá Omin Kaia Lofim e Associação Espírita Caboclo Oxóssi (AECO), é um terreiro de candomblé, nagô e jurema. Fundado em 1978 e dirigido pelo babalorixá e juremeiro pai Cícero, o terreiro se localiza na cidade de Abreu e Lima.

Local: Ilê Axé Ayrá Omin Kaia Lofim – Transamazônica, 575 – Boa Esperança, Abreu e Lima – PE

Ilé Iyemojá Ògúnté – CICLO II

O Ilé Iyemojá Ògúnté é um terreiro de tradição nagô. Fundado há mais de 80 anos pelo filho carnal de Pai Adão, o célebre sacerdote Malaquias Felipe da Costa – Ojé Bií. Atualmente, é dirigido por Mãe Lú – Ìyá Omítòògùn. 

Local: Ilé Iyemojá Ògúnté – Rua Abdon Lima – Água Fria, Recife – PE

Ilé Àṣẹ Ọ̀rìṣànlá Tàlàbí / Terreiro Axé Talabi – Ciclo III

Terreiro de Tradição Nagô fundado em 26 de Janeiro do ano de 1991 por Maria da Solidade Sousa França – Mãe Dada de Oxalá (Talabi Deyin) e Aguinaldo Barbosa de França – Painho de Xangô (Obá Dodê). Atua como espaço de preservação da cultura e religiosidade afro-indígena brasileira.

Em 2015 recebeu o título de Patrimônio Cultural Imaterial dos Povos e Comunidade de Matriz Africanas do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN, em 2021 foi declarado com Patrimônio Histórico e Cultural de origem Africana e Afro-indígena brasileira e em 2023 como Patrimônio Vivo de Pernambuco.

Local: Terreiro Axé Talabi – R. Orobó, 257 – Paratibe, Paulista – PE

SERVIÇOProjeto Terreirada em Cena abre inscrições gratuitas para curso de produção audiovisual no terreiro Ilê Axé Ayrá Omin Kaia Lofim

Data para Inscrição: 6 a 26 de junho 

Datas das Aulas: 6, 13, 20, 27, 28 de Julho

Local: Ilê Axé Ayrá Omin Kaia Lofim 

Endereço: Transamazônica, 575 – Boa Esperança, Abreu e Lima – PE

Link de Inscrição: https://bityl.co/QKXN