Foto: Daniela Pedrosa/Secult-PE/Fundarpe
Na próxima edição do festival Cena Nordeste, realizado neste fim de semana em Maceió, Pernambuco será bem representado por sua produção audiovisual. No domingo (9), o evento contará com uma mostra de cinema completamente pernambucana, marcada para às 16h, no Centro de Inovação Jaraguá.
Na mostra, serão exibidos os curtas “Onde Está Mymye Mastroiagnne?” (Biarritzzz), “Dente” (Rita Luna), “Mulher Maracatu” (Carlota Pereira e Dani Cano) e “Paola” (Ziel Karapoto). São filmes que percorrem uma diversidade de estilos, perpassados por narrativas que abordam uma pluralidade de gênero, raça, ancestralidade e cultura. Após as exibições, será realizada uma mesa redonda com os diretores pernambucanos.
SOBRE OS FILMES:
Onde Está Mymye Mastroiagnne? (Biarritzzz, 16 minutos): Uma misteriosa e extravagante cabeleireira perde uma amiga em um metaverso repleto de casas noturnas e seres encantados. Para procurá-la e desvendar o desaparecimento, ela consegue a ajuda de uma outra amiga, enquanto conta suas histórias como strippers que ganharam muito dinheiro até ela desaparecer.
Dente (Rita Luna, 20 minutos): Ana trabalha como diarista e é a única provedora do lar em que vive com os dois filhos e a neta. Raquel, a filha mais velha, está desempregada e cuida da sua filha, Letícia, e da casa. Alexandre, o filho mais novo, é um adolescente estudante de escola pública em ano de vestibular. O cotidiano de Ana é afetado após ela quebrar o dente.
Mulher Maracatu (Carlota Pereira e Dani Cano, 23 minutos): Traz a coragem de D.Maria Jose Marques Cabocla Zezinha, a primeira mulher a vestir a indumentária de caboclo lança do maracatu rural, onde só os homens eram os brincantes, dentro de universo da cultura popular, onde o feminino era representado por homens, excluindo a mulher por crendices anacrônica, Dona Zezinha é o caminho e espaço para outras vozes dentro daquilo que se manifesta na alegria fazer cultura serem para todas as Pessoas
Paola (Ziel Karapoto, 16 minutos): Um filme realizado por uma equipe de sete indígenas de diversos contexto: nascidos em território demarcado, nascidos em contexto urbano e em contexto de retomada. O protagonismo se trata de Paola, uma mulher trans/travesti indígena, nascida na comunidade Karapotó, no interior de Alagoas. É um filme feito coletivamente em um processo híbrido de ficção e documentário. Abordamos a questão trans indígena a partir do encontro de Ana Paola Karapotó com a equipe do filme, sobretudo com Ziel Karapotó, primo da protagonista e diretor do filme.