Crédito: Guga Millet

Magnífica Máquina Maldita, projeto idealizado pelo produtor, compositor e multi instrumentista carioca Eduardo Seabra, faz uma fusão inovadora de estilos como pode ser visto em “Carranca”, ciranda-coco com forte tom roqueiro. A faixa é uma homenagem à cultura dos remeiros do Rio São Francisco, que acreditavam que as carrancas em suas barcas os protegiam dos perigos da navegação.

Assista ao clipe “Carranca”: https://youtu.be/Hupx28kKiCY

Ouça “Carranca”: https://distrokid.com/hyperfollow/magnficamquinamaldita/carranca-2

“Acho que este é o aspecto que mais me fascina: a dualidade inerente à ideia de que um monstro que nos acompanha pode nos proteger de outros monstros exteriores. A letra fala justamente sobre isso. Musicalmente, Carranca surgiu da tentativa de compor algo no estilo da grande Lia de Itamaracá. No fim das contas, a canção acabou soando menos como uma ciranda e mais como um coco eletrificado, com alguns elementos de baião e maracatu”, conta Eduardo.

Transitando entre o popular e o experimental, o projeto incorpora elementos do rock alternativo, samba de raiz, eletroacústica, coco, jazz e baião, criando uma sonoridade única que desafia as convenções. O álbum de estreia do grupo, homônimo, foi lançado em 2022 com produção de Bryan Holmes e contava com a faixa, que agora ganha um destaque especial com sua representação em vídeo.

O clipe de “Carranca” é uma ode aos mestres carranqueiros da região do Rio São Francisco, com destaque para figuras como Mestre AfrânioMestre GuaranyAna das Carrancas e Carina Lacerda, que serviram de inspiração para a representação visual da carranca no vídeo, interpretada pela bailarina Flora Bulcão.

O lançamento do single e clipe marca o início de uma nova fase para Magnífica Máquina Maldita, que culminará em sua primeira apresentação ao vivo, agendada para maio de 2024 no Rio de Janeiro, com uma formação exclusivamente composta por alunos e alunas da Unirio, faculdade em que parte do álbum foi gravado.

“Carranca” está disponível em todas as plataformas de música e o clipe, no canal do youtube do artista.

Ficha Técnica:

Dedicado a Mestre Afrânio, Mestre Guarany, Ana das Carrancas, Carina Lacerda… todos os carranqueiros e carranqueiras do passado e presente do Velho Chico.

Elenco:

Voz e guitarra: Eduardo Seabra

Carranca: Flora Bulcão

Alfaia: Beto Bonfim

Coro: Maria Accioly, Clara Lira e Roberta Keller

Equipe:

Direção geral, direção de arte: Fernanda Cândido

Direção de fotografia: Guga Millet

Edição: Eduardo Seabra, Pablo Facina

Coreografia: Flora Bulcão

Desenho e concepção das carrancas: André Wonder

Confecção das carrancas: Thuanny de Farias e Solange de Farias

Costura: Mariana Neves (Ateliê Ponto e Costura)

Maquiagem: Marcella Menezes

Design: Antonia Yunes

Assistente de fotografia: Murillo Celso de Mello Neto

Assistente de direção: Amanda Hen

Composta por Eduardo Seabra

Apresentada pela Magnífifca Máquina Maldita

Voz, guitarra, baixo, teclados, eletrônica: Eduardo Seabra

Alfaia, caixa, triângulo, caxixi: Beto Bonfim

Coro: Maria Accioly, Clara Lira, Roberta Keller e Antonia Yunes

Produção, programações: Bryan Holmes

Letra:

velho monstro de madeira,

como é que posso fugir das mágoas

de tantas vidas derramadas

que ainda escorrem por essas águas?

minha carranca é quem me guia

por onde for que eu remar

minha carranca mostra os dentes

pra quem quiser me derrubar

mas meus piores inimigos

são os que carrego no olhar

quem vê de longe até se engana

de achar que eu viajo a sós

mas sempre atrás dessa carranca

levo a mim mesmo e meu algoz

no seu espelho São Francisco

a minha imagem fez um lar

pra onde irão os meus terrores

quando seu leito enfim secar?

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