O 27º Festival de Cinema de Vitória lançou sua identidade visual, criada a partir de obras do artista plástico mineiro Hélio Coelho. Com concepção da artista e produtora Neusa Mendes e da designer Anaise Perrone, os cartazes e artes de cada mostra têm como base as pinturas “Helicóptero” (1985) e “Pele” (2002), que fazem parte do acervo da UFES – Universidade Federal do Espírito Santo, onde realizou sua primeira exposição. Com o tema Sonhar Colorido Faz Bem, o festival está confirmado para novembro e, em breve, anunciará a data.
Respeitando todos os protocolos de mitigação de contágio do COVID-19, será realizado em formato online e, caso os decretos municipais e estaduais que estabelecem o isolamento social e a proibição de aglomerações sejam retirados, acontecerá de forma presencial. “A obra de Hélio Coelho traz uma profusão de cores que enchem os olhos. Além disso, ele trata de um jeito particular de assuntos que dialogam diretamente com o mundo contemporâneo, como a natureza e a espiritualidade”, diz Lúcia Caus, diretora do Festival de Cinema de Vitória.
Este ano, foram inscritos 1047 filmes, de todas as regiões do Brasil. No total, 235 curtas-metragens são dirigidos por mulheres, sendo 41 por realizadoras negras e 194 por realizadoras brancas. 196 curtas tratam da temática LGBTQIA+. E 11 curtas inscritos são dirigidos por pessoas com deficiência. 699 curtas têm direção de homens, sendo 110 negros e 589 brancos.
Já entre os longas-metragens, 31 foram dirigidos por mulheres: 28 brancas e três negras. 22 longas tratam temática LGBTQIA+. Um longa foi dirigido por pessoa com deficiência. E, dos 82 longas dirigidos por homens, 74 realizadores são brancos e oito são negros. As comissões de seleção de cada mostra já estão trabalhando desde o início das inscrições, e a lista dos selecionados para exibição será disponibilizada até o mês de setembro.
Em 2020, estão confirmadas 12 mostras competitivas e mais de 20 categorias concorrem ao Troféu Vitória. O festival também terá workshops, webconferências, seminários, laboratórios, debates e apresentações musicais. A programação completa será divulgada em breve através do site e redes sociais.
Sobre Hélio Coelho
Autodidata oriundo de Resplendor (MG), e residente há anos no município de Vila Velha (ES), Hélio Coelho é designer, artista plástico, ilustrador e produtor gráfico. Realizou sua primeira exposição no Centro de Artes da UFES, em 1980, e não parou mais, se tornando referência e um dos artistas mais importantes da cena cultural capixaba.
Em mais de 30 anos de carreira, seus trabalhos já estiveram em exposições individuais na Itaú Galeria, em São Paulo; na Galeria Ana Terra e na Matias Brotas, no Espírito Santo, além de mostras coletivas no Museu de Belas Artes, no Rio de Janeiro; na Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP), em São Paulo; e no Museu Vale, no Espírito Santo.
No seu currículo constam premiações em salões e várias mostras coletivas, tais como prêmio aquisição no “I Salão Nacional de Arte do Espírito Santo” (década de 80), prêmio aquisição no “I Salão de Arte da Câmara Municipal de Vitória” (década de 90) e prêmio aquisição no “III Salão de Artes Plásticas” promovido pelo Departamento Estadual de Cultura, atual Secretaria de Estado da Cultura (década de 90).