Desde 2015, o nono mês do ano é o da campanha de conscientização sobre suicídio, o Setembro Amarelo, sendo o dia 10 dedicado ao Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio. A cor escolhida para o mês surgiu nos Estados Unidos, em 1994, quando um o jovem Mike Emme cometeu suicídio. Ele tinha um Mustang amarelo e, no dia do seu velório, amigos e familiares distribuíram cartões amarrados em fitas amarelas com frases de apoio para pessoas que pudessem estar passando por problemas emocionais.   

“A campanha setembro amarelo tem o intuito de abordar o tema do suicídio, conversar sobre como identificar seus sinais e como acolher as pessoas que apresentam estes pensamentos e comportamentos”, conta a psicóloga e professora do curso de Psicologia do UNINASSAU – Centro Universitário Maurício de Nassau Recife, campus Graças, Ana Cláudia Alexandre.   

Mesmo a morte sendo uma condição da existência, ainda é um tabu falar sobre ela e todas as suas nuances, tanto para as pessoas que apresentam estes pensamentos e comportamentos de automutilação, autodepreciação e angústia, como para os familiares e amigos. Fatores de risco como isolamento social, mudanças na alimentação e no sono, interrupção de planos, abandono de estudo ou emprego, tristeza e desânimo podem ser um indício de que a pessoa necessita de ajuda.   

“Muitas vezes, quem está perto não percebe ou mesmo não acredita que a pessoa pode chegar a tirar a própria vida. A terapia apresenta-se como um cais, onde essas pessoas podem ser acolhidas e ouvidas sem julgamentos, permitindo e promovendo um espaço de autorreflexão e expansão das possibilidades da vida”, finaliza.